Com o surgimento constante de tecnologias educacionais e novas tendências, como o professor pode se manter atualizado sobre as novidades? E ainda, mais importante, como deve tirar o melhor proveito de cada recurso? Entendendo que essa tarefa não é fácil, a Perestroika lançou o Nova, um curso para educadores que pretende esclarecer as discussões sobre o futuro da educação e as novas formas de educar.
“É um programa de reciclagem, é um banho de inspiração para os profissionais da área. Todo mundo está cansado de saber que o mundo mudou, as pessoas estão vendo como todos os setores da sociedade estão se aproveitando das novas tecnologias e da revolução digital. Na educação o processo é mais lento e esse curso é uma forma de acelerar isso”, conta Michelle Sander, diretora da Perestroika em Porto Alegre (RS).
Segundo ela, o programa tem como objetivo desconstruir o modelo de sala de aula atual como o ideal e mostrar alternativas práticas para os professores levarem novas abordagens para dentro das suas escolas. “Esse curso traz um certo incômodo, uma inquietação. Queremos instigar os educadores a mudar a lente pela qual estão enxergando a educação e seus alunos, que existem milhões de ferramentas para ajudá-los nisso e deixar o aprendizado mais dinâmico e compatível com a realidade dos estudantes e do mundo”, completa Sander.
Para isso, o curso é dividido em seis temas: desescolarização, descentralização, experiência, currículo criativo, gameficação e tecnologia. Na desescolarização, os educadores vão buscar formas de ensinar e aprender fora da instituição de ensino. É um processo de coletar elementos de fora da escola, assuntos ou temas que os alunos tenham afinidade para atrelar os interesses da turma ao currículo. Sander exemplifica: “Se os alunos gostarem de super-heróis, o professor pode usar isso a favor dos estudos. Podem aprender sobre as lei da gravidade, se o personagem voar; podem aprender sobre elementos químicos, dependendo dos superpoderes; podem até aprender uma língua estrangeira”.
Ao abordar a descentralização, o papel do professor em sala de aula vai ser questionado, no sentido de que os novos modelos de ensino estão demandando cada vez mais ele seja um facilitador no processo de aprendizagem do que um simples expositor de conteúdo. “Achar que o professor é o único detentor do conhecimento é ingenuidade. É preciso abrir mais os espaços e permitir que os alunos ajudem e colaborem com a construção dos conteúdos”, afirma a diretora.
Em relação à experiência, os educadores vão ser instigados a explorar os cinco sentidos ao ensinar conteúdos curriculares. Segundo Sander, os alunos aprendem melhor e memorizam as informações com mais facilidade quando o aprendizado é sinestésico. Os próprios educadores vão realizar uma experiência desse tipo, que não foi revelada para não estragar a surpresa, mas o que dá para adiantar é que terão seus olhos vendados.
Já o currículo criativo vai abordar a tendência do ensino baseado em projetos, que normalmente são interdisciplinares e exploram a criatividade e imaginação dos estudantes. Dando continuidade, as aulas de gamificação vão mostrar, entre outras coisas, que os jogos podem ser ferramentas interessantes para ensinar conteúdos e que a gamificação das aulas traz benefícios não só curriculares, mas socioemocionais também. “Trabalhar com recompensas, estimular a tentativa e erro e perseverança são bons exemplos do proveito que pode ser tirado disso”, conta Sander. As tecnologias educacionais e como elas podem ser usadas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem também é um tema que será explorado no curso.
As aulas têm início dia 13 de setembro e terminam dia 29 de novembro. Ao todo serão 12 encontros presenciais na sede gaúcha da escola, totalizando 30 horas. O programa é voltado para pessoas que trabalham com educação, sejam professores, coordenadores ou gestores. São 35 vagas disponíveis e o investimento é de R$ 2.700 (o valor pode ser parcelado em até sete vezes).
Fonte:
Porvir
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