Aconteceu durante os dias 21 a 24 de maio, em São Paulo, a Educar Educador/Bett Brasil, uma série de eventos e feira de exposições que reuniu as tendências e novidades tecnológicas que estão sendo incorporadas na área de educação.

Diversos especialistas da área estiveram presentes no evento, entre eles professores, gestores escolares, consultores e profissionais do governo que atuam em projetos de tecnologia e inovação dentro da educação. Pelé, Ziraldo, Gustavo Borges e muitos outros destaques também marcaram presença na feira.

As atividades incluíram palestras, mesas de debate, talk shows, painéis, workshops, troca de experiências e relatos individuais de pessoas que possuem projetos específicos na área.

Muitas das palestras que aconteceram durante o evento foram focadas nas novas tecnologias que estão surgindo e como o professor pode usá-las para melhorar a dinâmica da sala de aula e fazer com que a interação dos alunos seja ainda maior.

"Precisamos usar métodos que façam com que o aluno interaja com a aula. Um computador ou um smartphone nunca vai revolucionar a educação, quem vai revolucioná-la é o professor", destacou Marcos Raggazzi, especialista em tecnologia educacional.

A pouca fluidez de tecnologia pelos professores foi um dos desafios apontados por Cristiana Mattos, coordenadora de Tecnologia Educacional no Colégio Bandeirantes. A especialista destacou também algumas das tecnologias que já estão em uso nas salas de aula e na educação como um todo, dentre elas o Cloud Computing, impressão 3D, gameficação e laboratórios virtuais.

“O aumento do uso de redes sociais na educação, o ensino híbrido, o foco no conteúdo aberto e as mudanças no espaço físico da escola são algumas das tendências na área para os próximos anos”, afirmou Cristiana.

O tema da diversidade e educação inclusiva também foi debatido durante a mesa de debates “A Diversidade nas Escolas: Como Superar os Desafios de Um Sistema de Educação para Todos”, que aconteceu no sábado, 24.

"Quando se fala de diversidade sempre pensamos em crianças com baixo rendimento. Não consideramos crianças com altas habilidades, religiosidade, desnutrição. Educação inclusiva é muito mais", disse Fabricia Helena Campos, consultora.

A falta de profissionais especializados foi um dos pontos levantados durante o debate. “Temos uma carência muito grande de pessoas especializados em deficiências, transtornos globais e especialidades”, destacou Denise Arantes, coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico Especializado (Cape) do Estado de São Paulo. “Nosso papel é orientar as escolas de todo o Estado de São Paulo em como trabalhar com os alunos que precisam de cuidados especiais”, completou.

Além das palestras, todos os convidados puderam conferir diversas novidades tecnológicas na área de 32 mil m² reservada para a feira de exposições, onde cerca de 300 empresas nacionais e internacionais estiveram presentes, expondo seus produtos e serviços relacionados a aprendizagem, ferramentas de dados para líderes e administradores, dispositivos, equipamentos e infraestrutura, além de soluções completas para tomadores de decisão do setor educacional.

Entre as tecnologias destacadas nos estandes das empresas estiveram as lousas digitais, robôs programáveis pelos alunos, ferramentas de interação, simuladores de ambientes, softwares de gestão e aplicativos para celular. Diversas empresas reproduziram o conceito de sala de aula em seus espaços, onde visitantes puderam ver os produtos em funcionamento e também assistir aulas com professores que já utilizam estas tecnologias em seu dia a dia.

Cerca de 20 mil pessoas estiveram presentes durante os quatro dias do evento, que se destaca por ser um dos maiores da área na América Latina.

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