Se a estatística pode ser compreendida como a ciência de aprendizagem a partir de dados, o Big Data chega para fazer uma revolução nessa área. E o impacto disso já está sendo sentido não apenas no mercado, como também na academia. Neste ano, a universidade de Harvard lançou o curso Estatística – Aprendendo com o Big Data, no qual os alunos são chamados a desenvolver, em equipe, projetos que abordem o desafio de lidar com enormes conjuntos de dados.
O professor responsável pelo projeto do curso, Luke Bornn, disse em entrevista ao jornal universitário Harvard Gazette que seu objetivo é introduzir o conceito de Big Data para os alunos e lhes apresentar ferramentas para usá-lo melhor. “Até hoje, os estudantes que tiveram uma formação tradicional de estatística deixam a graduação com uma base sólida de conteúdo, mas despreparados para os problemas do mundo real, que aparecem já nos primeiros empregos.”
Segundo ele, estatística é a compreensão de dados, a procura por correlações e analise de tendências (já conhecidas ou não). E o Big Data ainda é muito recente, é um produto da capacidade da tecnologia moderna em reunir enormes quantidades de informação. Essa capacidade trouxe a promessa de uma compreensão mais aprofundada para alguns dos maiores problemas do planeta, como o sistema climático, por exemplo.
Por outro lado, o Bog Data também apresenta problemas relacionados a como lidar com conjuntos de dados tão massivo. “A estatística não acompanhou o ritmo da tecnologia quanto à capacidade de coletar informação. Mas até mesmo a tecnologia tem seus limitantes, como quando conjuntos de dados são tão grandes que não podem ser carregados em computadores ou notebooks”, argumenta o professor.
A proposta de Bornn com este curso é reforçar a importância de o Big Data se aproximar das universidades, das pesquisas acadêmicas e de seus futuros novos usuários. Para isso, optou por se distanciar dos formatos de aula e avaliações tradicionais e abriu espaço para o ensino baseado em projeto, enfatizando o aprendizado entre pares.
Durante as aulas, os alunos são divididos em equipes, que mudam de tempos em tempos, e são desafiados a usar Big Data para resolver algum problema. As aitividades iniciais propostas são as que estão disponíveis no Kaggle, uma plataforma na qual os usuários participam de competições em que devem manejar um grande volume de dados para resolver determinados problemas. Entre os desafios propostos estão uma maneira de prever o resultado de um torneio de basquete, um mapa do funcionamento do cérebro, a classificação de artigos da Wikipédia, entre outros.
Depois, os alunos são deixados sozinhos para refletir, trocar pontos de vista, pesquisar e, assim, decidir quais são as abordagens mais eficazes para resolver o problema. A proposta é que eles aprendam tanto com os membros de suas equipes quanto das outras. Cada time faz uma apresentação semanal para a classe, apresentando seus métodos e estratégias.
“Minha esperança é que os alunos tenham a capacidade de dizer: ‘Este é um problema científico ou de negócios, este é um grande conjunto de dados que pode ou não ser útil e, em seguida, ser capazes de, a partir dos dados brutos, encontrar uma saída”, conclui Bornn.
Fonte:
Porvir
# Escola de programação para crianças abre em SP
# Rede canadense insere socioemocionais no currículo
# Veja outras notícias do Planeta Educação
- 26/6 - Copa do Mundo vira tema de oficinas em escolas municipais de Lorena
- 15/6 - Alunos da rede pública de Lorena criam histórias em quadrinhos por meio de programação
- 12/6 - Palestra sobre educação inclusiva acontece amanhã, em Taboão da Serra
- 29/5 - Mérito ambiental
- 29/5 - Alunos de Lorena criam cardápio para restaurante fictício nos Estados Unidos
- 24/5 - Webinar gratuito sobre os quatro pilares da educação acontece na próxima quarta-feira (30)
- 22/5 - Shakespeare invade as salas de aula em Taboão da Serra
- 21/5 - Escolas públicas de Osasco começam a se adaptar à nova Base Nacional Comum Curricular