O ensino técnico de São Paulo decidiu recorrer a instituição internacional para melhorar as aulas de inglês. O interesse partiu do Centro Paula Souza, que firmou uma parceria com a Cambridge English Language Assessment, departamento sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge, para capacitar os professores de inglês. Do total, 300, 50 fazem parte da primeira turma, que receberá certificação internacional em junho.
O curso tem uma parte presencial e uma parte online. Na primeira etapa, é feito um teste de nivelamento para os professores para saber qual o conhecimento linguístico do grupo. Depois, os docentes iniciam um treinamento online, composto de três módulos de 32 horas, além de oito horas de aulas presenciais por módulo. Ao final, prestam os exames TKT (Teacher Knowledge Test) de Cambridge e são certificados.
O objetivo, segundo o coordenador de Projetos do Centro Paula Souza, Michel Franklin, é melhorar as aulas e valorizar o currículo do professor. O centro administra 213 escolas técnicas (Etecs) e 59 faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais em 162 municípios paulistas. Ao todo, são mais de 280 mil alunos. No curso, são beneficiados os professores das Etecs.
O inglês, segundo Franklin, faz parte do currículo dos cursos e a maior parte dos estudantes tem um semestre de aulas do idioma. "Não tem como não estudar inglês, é uma questão de comunicação, de engajamento no mercado de trabalho e também para o aluno explorar o mundo conhecer outras culturas e fazer pesquisas em outro idioma".
A primeira turma custou, segundo o coordenador, R$ 8 mil. A intenção é ter pelo menos mais uma turma. Os recursos são do Programa Brasil Profissionalizado, criado em 2007 para fortalecer as redes estaduais de educação profissional e tecnológica. O governo federal repassa recursos para que os estados invistam nas escolas técnicas. Até este ano a meta é o investimento de R$ 1,8 bilhões em todo o país.
A Cambridge English Language Assessment pretende expandir as parcerias. A intenção, segundo o porta-voz da Universidade de Cambridge no Brasil, Rone Costa, é levar a capacitação para outras escolas técnicas, instituições de ensino superior até mesmo de ensino básico, também de outros estados.
"Vamos desenvolvendo um cronograma de acordo com parcerias com prefeituras e governos que tenham interesse nesse investimento. O papel da universidade é contribuir com a educação como um todo. Há uma carência na parte pública e temos interesse em melhorar o ensino com esse programa".
Fonte:
Agência Brasil
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