Ensinar de modo inovador e fazer com que o modelo seja passado a diante é o novo desafio do Instituto Singularidades, especializado em formação e capacitação de professores. A organização, este ano, vai propor aos seus alunos um novo método de aprendizagem, que inspirado em modelos e experiências internacionais, vai tentar inverter a sala de aula – os estudantes aprenderão em casa o conteúdo e o espaço da escola será usado para dúvidas e experimentação.
“Para melhorar as condições de aprendizagem dos nossos alunos, fomos pesquisar o que existe no mercado internacional, as inovações no modelo de ensino acadêmico. Nas escolas que visitei nos Estados Unidos e que temos como referência, como Harvard, MIT, Babson College e Olin College, o flipped classroom [ou sala de aula invertida] elevou a taxa de aprendizado dos alunos em 30%. O que mostrou que eles aprendem e se desenvolvem mais por meio dessa metodologia”, afirma Claudio Oliveira, diretor-geral do Instituto Singularidades.
A sala de aula invertida propõe que os alunos estudem os conteúdos antes das aulas, por meio de videoaulas ou outros recursos interativos como games. Assim, a sala é usada para a realização de exercícios, projetos e atividades em grupos, otimizando o tempo do professor para tirar dúvidas, aprofundar temas e estimular discussões. E é essa experiência que os próprios futuros educadores vão viver na pele antes de aplicar o modelo.
“Queremos uma sala de aula ativa e interativa. Invertendo a lógica tradicional de organização educacional o aluno ganha mais autonomia de aprendizado e o papel do professor deixa de ser o de especialista e passa a ser o de tutor, de facilitador, no sentido de ajudar o aluno a desenvolver seus projetos em sala”, diz. Os próprios docentes do instituto tiveram que passar por um treinamento de quatro meses para se prepararem para aplicar essa metodologia e se familiarizarem com a plataforma de compartilhamento de conteúdo que vai ser usada.
Para Claudio, a grande sacada desse modelo é a nova organização das turmas. Os alunos não serão mais enfileirados, com carteiras voltadas para um único professor no quadro-negro. No novo modelo eles passam a ser divididos em grupos espalhados pela sala e o professor circula entre as mesas acompanhando as atividades e tirando dúvidas. “Outra coisa interessante é que não vamos mais ter a divisão por séries. As turmas têm capacidade para até 90 alunos, vamos misturar todos os períodos para trabalharem conjuntamente em projetos e atividades.”
Para o professor Valdir Carlos Silva, coordenador do curso de matemática do Singularidades, trabalhando por projetos e colaborativamente, os alunos irão desenvolver habilidades como comunicação e senso crítico e inovador. “Os professores formados por esse modelo vão estar preparados para enfrentar e resolver problemas, não apenas para serem transmissores de conteúdos e reprodutores desses problemas. A postura é proativa, o aluno sai preparado para lidar de forma inovadora com os problemas do mercado.”
A expectativa do Singularidades é de que os professores formados por meio do método impactem também outras salas de aula pelo país. “Esses novos modelos já são aplicados faz tempo nos Estados Unidos e vão tomar conta do mercado brasileiro nos próximos anos. No nosso caso, por sermos formadores de professores, precisamos começar a trabalhar nesse modelo para que os nossos alunos possam se apropriar desse conhecimento e assim consigam transformar as escolas onde irão atuar futuramente”, argumenta Claudio.
Fonte:
Porvir
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1 Wander Vieira Henrique - Mauá/SP
Identifiqueime muito com esse `novo` método de aprendizagem. Tenho a impressão que é como um fazersentido sobre o que se aprende. Sou Coordenador de uma instituição educacional e já estou pensando em realizar um `curso piloto` com essa nova metodologia. Amo tecnologia e quando há possibilidade de integração com a educação, melhor ainda. Agora, vou pesquisar e ler muito sobre o assunto. Abraços.
25/01/2014 21:27:18
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