Professores e alunos interessados em tecnologias inovadoras úteis no processo de ensino e aprendizagem já têm uma aliada. Lançada na última terça-feira, 10, a plataforma Escola Digital é um portal gratuito e aberto que já conta com mais de 1,5 mil recursos digitais mapeados. São vídeos, áudios, games, livros digitais, aplicativos e outras ferramentas que podem ser utilizadas dentro ou fora do ambiente escolar. No Escola Digital, o usuário pode fazer buscas genéricas, apenas colocando a disciplina ou o tipo de mídia que está interessado, ou mais específicas, que vão da seleção de conteúdos envolvendo temas transversais ou recursos multidisciplinares. Todo o material disponibilizado na plataforma foi garimpado na web e categorizados por professores da rede estadual de São Paulo, pelo Instituto EducaDigital e pela TIC Educa. A iniciativa do Escola Digital é do Inspirare e do Instituto Natura.
Funcionando como um buscador de recursos digitais já existentes criados por produtores de conteúdo, o grande diferencial da plataforma é oferecer, de forma mais intuitiva, a busca pelos recursos que podem ser utilizados como ferramenta pedagógica. Assim, o professor interessado em um objeto digital específico, para ser utilizado em sua aula ou para propor como tarefa de casa aos seus alunos, pode encontrar no portal a ferramenta mais adequada. Todos os objetos presentes no Escola Digital foram categorizados por disciplina, série, temas curriculares e também pelo tipo de mídia: vídeos, áudios, softwares etc.
Na busca mais refinada, é possível selecionar os recursos por outras categorizações. Assim, o usuário consegue filtrar os objetos por sua licença de uso – do copyright às diferentes combinações de liberdade para uso, compartilhamento e alteração –, e também por idiomas, ou seja, além de materiais em português, ele pode encontrar objetos em outras línguas, como inglês e espanhol. E mais: caso prefira, ainda poderá buscar conteúdos pela sua disponibilidade (on-line ou off-line) ou se ele é gratuito ou pago. A plataforma permite também, além do acesso organizado aos recursos, que empreendedores e investidores possam olhar para oportunidades de desenvolvimento a partir da utilização da plataforma, por meio da opção de visualização geral. Nela, por meio de gráficos, é possível verificar onde estão os gaps de conteúdos, quais anos e disciplinas ainda não apresentam muitas opções.
Com um design amigável, todos os conteúdos mapeados no Escola Digital têm como base os parâmetros curriculares nacionais. E para ter acesso a eles, não é necessário nem sequer um cadastro prévio. Assim, basta acessar o endereço do site, fazer a busca pela ferramenta digital e encontrar o objeto de aprendizado mais adequado. Para facilitar a navegação, o portal ainda oferece os conteúdos de maior destaque, os que foram adicionados mais recentemente e aqueles mais curtidos nas redes sociais pelo próprios alunos e professores.
“Esse é o primeiro mapeamento realizado no Brasil que permite encontrar objetos digitais de aprendizagem categorizados por ‘licenças de uso’. Ou seja, o usuário pode escolher recursos que sejam não apenas gratuitos, mas abertos, possibilitando aprimoramento e modificação”, fala Priscila Gonsales, diretora do Educadigital. Além dessas possibilidades, a diretora do Inspirare Anna Penido também acredita que a plataforma pode estimular a melhoria da qualidade da educação no país. “O uso dos objetos digitais de forma articulada com o currículo permite que professores e alunos aproveitem o enorme potencial da tecnologia para conferir mais criatividade, interatividade e estímulo aos processos de aprendizagem”, diz Anna.
Para colaborar com o mapeamento dos recursos presentes na plataforma foram convidados professores da rede pública que já conheciam ou utilizavam certos objetos digitais. Educadores e técnicos da Secretaria de Estado de Educação de São Paulo garimparam grande parte das ferramentas e participaram da fase inicial de testes da plataforma. “A Escola Digital é mais uma porta de acesso para professores e alunos. Uma plataforma criada a partir do conhecimento daqueles que atuam na rotina e conhecem as especificidades da rede e, por isso, temos orgulho de ter participado de sua construção”, afirma, o secretário de educação de São Paulo, Herman Voorwald.
Após o lançamento oficial da Escola Digital, a expectativa é que mais secretarias de educação adotem a plataforma como suporte pedagógico e que desenvolvedores possam contribuir com a recomendação e criação de novos objetos ainda não disponíveis. Para isso, a plataforma – que espera ampliar continuamente o seu acervo – também disponibiliza um canal de contato não apenas com desenvolvedores mas com qualquer outro usuário interessado em colaborar com o envido de sugestões e recomendações de novas ferramentas que poderão fazer parte do catálogo da plataforma.
Fonte: Porvir
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