Aconteceu no último sábado, 30, o Seminário Internacional “Tecnologias a favor da aprendizagem”. O encontro contou com a presença de Marlene Scardamalia, da Universidade de Toronto, César Nunes, da USP, e Sônia Barreira, diretora da Escola da Vila. O seminário teve como objetivo mostrar as possibilidades pedagógicas que entrelaçam a capacidade de resolver problemas e o trabalho colaborativo com o uso proficiente de tecnologia.
Sônia destacou os pontos positivos e negativos do uso da tecnologia na educação. Segundo ela, precisa-se se formar uma necessidade e uma consciência coletiva dentro da sala de aula para que alunos e professores sejam responsáveis pela aprendizagem e envolvimento de todos. “Estamos distantes do fim”, disse.
Já Marlene Scardamalia destacou como a tecnologia facilita o processo de aquisição e construção do conhecimento. Segundo ela, muitas vezes os alunos recebem o material didático pronto e sem margem para adaptações, quando, na verdade, é o próprio aluno que deveria construir este conhecimento a partir da resolução de problemas. “A sala de aula precisa ser vista como uma empresa de construção do conhecimento”, afirmou.
Marlene destaca que as atividades devem ser criadas com base nas deficiências levantadas pelos próprios alunos. A educadora também mostrou que ainda há diversos desafios a serem cumpridos na área. “A educação ainda está na era das máquinas a vapor. Os professores pegam o currículo criado por outros e aplicam tarefas em salas de aula. Os alunos pegam essas tarefas e cumprem, sem saber os objetivos, sem ter criado essas tarefas. Se queremos mudar essa educação, os alunos precisam criar as próprias tarefas a partir das necessidades descobertas por eles próprios.”, disse.
De acordo com Cesar Nunes, apesar do crescente aumento nos investimentos na área de tecnologia, ainda faltam planos pedagógicos concretos para aplicação da mesma. “A tecnologia é de extrema importância para facilitar a aprendizagem, mas sem objetivos claros ela não pode ser inovadora”, destacou.
Cesar também incentiva a colaboração de alunos no processo de elaboração das atividades em sala de aula. Segundo ele, os feedbacks devem ser encarados como elogios e sugestões de melhorias para os próximos trabalhos.
O evento, promovido pelo Centro de Formação da Escola da Vila, ocorreu no Espaço Apas, em São Paulo (SP), onde circularam cerca de 350 participantes.
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