Um país grande, populoso, com uma significativa diversidade étnica e com uma parcela de seus jovens à margem da educação financeira. País de economia fincada na exportação e nas atividades turísticas. São características da Tailândia, mas, que sim, guardam alguma semelhança com o Brasil. Por isso mesmo vale olhar com bastante atenção a experiência do Student Bank Project, uma iniciativa que nos últimos oito anos vem empoderando jovens com conhecimento suficiente para gerarem transformações locais.
A combinação de uma plataforma on-line com a proposta de formação voltada ao desenvolvimento de habilidades de gestão financeira já chegou a pelo menos 30 escolas desse país asiático, em diferentes regiões, e permitiu que estudantes aprendessem a poupar e a gerenciar riscos de investimentos. Para que tudo funcione, estudantes “montam” a estrutura básica de um banco e guiados por seus professores abrem suas contas, onde depositam dinheiro e fazem movimentações reais.
Não é apenas um movimento da educação formal, dentro dos muros das escolas. Na metodologia desenhada e aplicada pela Plan International em parceria com a Child & Youth Finance International, a comunidade de pais também deve ser envolvida. Esse é um dos aspectos que fazem do Student Bank Project uma iniciativa inovadora e que contribuiu para levá-lo à reta final da edição 2013 do Wise Awards, um dos mais disputados prêmios globais voltados à inovação na educação.
O que as crianças e jovens poupam na dinâmica do banco escolar quase sempre volta para os seus pais, mas alguns já investem e administram o dinheiro mirando o futuro, como o é o caso de Rotchasak Srichampoo, estudante de 14 anos que ganha cerca de 15 Baht (R$ 1,05) diariamente dos pais para ir à escola, e hoje sorri ao contar que soma cerca de 3mil Baht (R$ 211,00). “Eu quero guardar [dinheiro] para o meu futuro, e para ajudar a aliviar a conta para os meus pais também”, diz Srichampoo em . Já a garota Prapatsorn Boonsung, 12 anos, conseguiu poupar 2mil Baht (R$ 141,00) e faz planos de comprar material escolar sem precisar onerar a renda dos seus pais.
A experiência da educação financeira vem tendo alguns êxitos e estimulando mais jovens a se envolverem. De acordo com dados da Child and Youth Finance International já são mais de 12.500 membros, reunindo um total de US$ 182.838 (R$ 402 mil).
Os rendimentos não são todo o benefício para as famílias que se relacionam com o projeto. Tem mais. A simulação do sistema bancário do projeto apresenta uma complexidade razoável, que replica até formatos de Fundos de Investimentos voltados exclusivamente para a educação. Por meio deles, os membros – pais dos estudantes – podem fazer depósitos ou empréstimos a taxas mais baixas que as dos bancos comerciais para comprarem livros e materiais que os filhos precisem. Como as unidades do Student Bank Project costumam ser implementadas em áreas de vulnerabilidade social, e em muitas delas, rurais, sequer há banco comercial por perto, este é um benefício de alto impacto positivo para as comunidades. A tailandesa Chan Norradee, ao fazer um empréstimo na Baan-Koo School, observou que ali os juros eram menores que em outros fundos de educação. “Aqui eu pagarei 3% de juros ao ano, conta 5% que eu pagava anteriormente”, diz ela em vídeo.
Fonte: Porvir
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