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O que as escolas mais incríveis do mundo têm? - 18/10/2013 15:26:55

Foto de livro com globo terrestre ao fundo


O que está por trás de algumas das escolas mais incríveis do mundo? Para responder a essa pergunta, Daniel Larusso, criador do Nós.vc, e Eduardo Gonçalves, que desenvolveu o Mútuo – plataforma para financiar e compartilhar a propriedade de bens –, resolveram botar o pé na estrada no que estão chamando de Expedição Liberdade para conhecer bem de perto várias iniciativas inovadoras. E a boa notícia é que eles vão contar tudo o que eles experimentarem por meio de textos, infográficos, minidocumentários e encontros abertos, que serão realizados aqui no Brasil, ainda sem data definida.

Entre as escolas que serão visitadas estão a Schumacher College, a Trade School, a School of Life e a General Assembly. Ainda em fase de confirmação entram a Brockwood Park School, a Summerhill, a KaosPilot, a HyperIsland e a Studio Schools. Segundo o expedicionário Gonçalves, o que essas escolas têm em comum é o questionamento ao modelo tradicional de educação. “Não tenho nada contra o modelo padrão, em que o professor fica lá na frente passando o conhecimento. O único problema é se esse modelo for hegemônico, se não restarem alternativas para aqueles que querem fazer diferente”, afirma.

Para ele, as iniciativas que vão visitar saem do questionamento cômodo dos modelos de vida “escola-vestibular-faculdade-trainee-gerente-executivo” para construir novos modelos possíveis. “Se somos livres, cabe a cada um escolher qual caminho seguir. Só queremos construir mais caminhos para serem escolhidos, caminhos mais individuais, que respeitem maisos indivíduos, que sejam menos “tamanho único”. Não sei se fica claro traduzindo assim, mas se olharmos a expressão em inglês, talvez ajude: ‘one size fits all’. É isso que não queremos para a vida”, afirma.

Para a realização do trabalho de documentar a viagem, já que as visitas aconteceriam de qualquer forma, a dupla resolveu levantar fundos no Catarse. A meta inicial de R$ 100 prometia a criação e veiculação gratuita de textos no blog do Estaleiro da Liberdade e serviria, de acordo com os próprios organizadores, mais como um empurrão para que o projeto deixasse de ser paralelo para virar um trabalho mesmo, com uma obrigação com os leitores.

Acontece que essa primeira meta foi atingida. De longe. Restando um dia para a finalização, a Expedição da Liberdade já tem mais de R$ 8,5 mil. Com o valor, eles pretendem, além de produzir textos, infográficos e vídeos, também organizar ao menos mais seis encontros abertos para compartilhar as experiências que viverem. Esses workshops podem acontecer em escolas, universidades ou outras instituições.

Partindo de sua própria experiência de vida, Gonçalves conta que, certa vez, durante o ensino médio, escutou uma aluna perguntar ao professor: “Se eu quero ser psicóloga, por que eu tenho que saber sobre eletromagnetismo?” A resposta que ela ouviu, lembra o empreendedor, foi que deveria estudar física para passar no vestibular. Por isso, para o sociólogo e designer, o que mais o encanta nessas escolas é, justamente, o sentido e o prazer que os alunos encontram ao aprender. Tendo estudado em boas escolas e em uma boa universidade que o prepararam para uma carreira sólida, Gonçalves diz que sempre se sentiu à margem, com aquela pergunta na cabeça: “Tudo bem, mas e se eu não quiser nada disso?”

“Hoje , alguns – ou muitos – jovens não querem passar no vestibular, ter emprego, carreira etc. Querem uma vida um pouco diferente disso. E esses modelos educacionais tradicionais são fracos em pensar a vida das pessoas em um molde diferente desses”, diz. Para ele, os workshops que vão promover podem servir de alavanca para estudantes, gestores, instituições, professores perceberem que, se tem alguém fazendo e trazendo bons resultados, é possível replicar o modelo.

Mas, muito além de pessoas ligadas a instituições de ensino, essas ocasiões devem atrair também alunos que estão descontentes com suas escolas, recém-formados que receberam “um chute da universidade e não sabem o que fazer” ou pessoas mais velhas, que estão descontentes com a carreira. “A meta é agregar pessoas que se interessam por esse conceito do colaborativo, do coletivo”.

Fonte: Porvir


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