Dois alunos ocupam a bancada do telejornal e se preparam para apresentá-lo. Outros se tornam repórteres, críticos, entrevistados e até anunciantes. Os demais ocupam funções de apoio como operadores de câmera e produtores. A cena, comum na televisão, mas inusitada no ambiente escolar, tem se tornado realidade na rede pública de Votorantim (SP).
Com as Oficinas de Alfabetização e Letramento (Leitura e Literatura), oferecidas aos alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, por meio do Programa Educação em Tempo Integral, os estudantes têm se aproximado de diversos gêneros textuais, principalmente dos mais comuns ao universo jornalístico, como reportagens, artigos, críticas e entrevistas.
A partir do contato com os gêneros textuais encontrados em jornais impressos e televisivos, eles desenvolvem suas próprias reportagens, entrevistas, anúncios e artigos. “O resultado é a contribuição para a formação de um aluno cada vez mais leitor”, reforça Júnior Silveira, coordenador pedagógico da Oficina.
Tudo começa com a preparação da pauta, que é a escolha dos temas e assuntos que serão abordados no telejornal. Em seguida, a produção segue para os momentos de ensaio, com a leitura das perguntas que irão compor as entrevistas, textos de apresentação do jornal, anúncios e artigos. Depois dos ensaios e da composição dos ambientes, os alunos se preparam para o momento das gravações.
“É muito legal. Aprendemos sobre o que é preciso para montar o nosso telejornal. Também vimos o que é uma manchete e a função de uma reportagem. É preciso colher informações para transmitir a notícia por meio dos jornais impressos e televisivos”, relatou o aluno Luiz Henrique da Paz. “A professora escolheu as reportagens mais interessantes para gravarmos nosso telejornal. Criamos reportagens, fomos entrevistadores e apresentadores; enfim, fizemos de tudo um pouco”, lembrou a estudante Lívia Barros. Ambos são da EMEF Professor Abimael Carlos de Campos, localizada na Vila Dominguinho, em Votorantim.
O coordenador da oficina informa que serão produzidas diversas edições de jornais televisivos para exibição entre as escolas participantes. “O projeto proporcionará a troca de vivências entre as escolas, uma vez que as edições serão exibidas umas nas outras”, lembra Júnior.
A mediadora Catia Caldini destaca a importância do “lúdico” como ferramenta para o auxílio no processo de ensino e aprendizagem, fazendo com que a leitura seja reconhecida como prazerosa pelos alunos. “A leitura pode ser atrelada a vivências práticas que instigam o aluno a produzir algo, usando a imaginação e a liberdade de criação, sem deixar de ser criança”, afirmou.
O Programa Educação em Tempo Integral é desenvolvido em parceria com a empresa Planeta Educação com o objetivo de aumentar a autoestima dos alunos, desenvolver talentos e promover a independência entre eles. Além de oficinas lúdicas e criativas de Alfabetização e Letramento (Literatura e Leitura), os estudantes participam de outras atividades nas áreas de Matemática Empreendedora, Informática Educativa, Atividade de Alto desempenho (Língua Estrangeira – Inglês), Esportes (Capoeira, Futsal, Futebol de Campo, Jogos de Mesa) e Artes (Musicalização, Dança e Artes Visuais).
# Teatro, música e dança são aliados no ensino de 227 mil alunos de SP
# Site incentiva leitura de clássicos infantis através de jogos e quiz
# Veja outras notícias do Planeta Educação
- 26/6 - Copa do Mundo vira tema de oficinas em escolas municipais de Lorena
- 15/6 - Alunos da rede pública de Lorena criam histórias em quadrinhos por meio de programação
- 12/6 - Palestra sobre educação inclusiva acontece amanhã, em Taboão da Serra
- 29/5 - Mérito ambiental
- 29/5 - Alunos de Lorena criam cardápio para restaurante fictício nos Estados Unidos
- 24/5 - Webinar gratuito sobre os quatro pilares da educação acontece na próxima quarta-feira (30)
- 22/5 - Shakespeare invade as salas de aula em Taboão da Serra
- 21/5 - Escolas públicas de Osasco começam a se adaptar à nova Base Nacional Comum Curricular