“Desliga o videogame e vai estudar”. Com certeza você é ou conhece alguém que já ouviu esta frase. Entretanto, cada vez mais os jogos se aproximam do aprendizado, seja dentro ou fora da escola. A Escola de Games, por exemplo é uma plataforma on-line e gratuita, com mais de 1 milhão de acessos mensais, que oferece mais de 60 jogos para que crianças de 5 a 12 anos aprendam sobre matemática, português, inglês, geografia, história, conhecimentos gerais e ciências.
“Os jogos prendem a atenção das crianças, tornam as aulas mais divertidas e são uma alternativa para fugir do padrão livro, giz e quadro”, afirma Leopoldo Xavier, um dos fundadores da plataforma. Para ele, o jogo não tem o poder de substituir as aulas nas escolas, mas pode servir como ferramenta de apoio aos professores na hora de engajar e aproximar o conteúdo dos estudantes em sala de aula.
Por conta disso, na plataforma, cada um dos jogos vem com explicações sobre quais aspectos dos alunos podem ser desenvolvidos com ele, como exercitar o raciocínio lógico, compreender noções básicas de gramática e desenvolver a concentação para resolução de problemas matemáticos. Xavier afirma que o site foi projetado da maneira mais simples possível, para que os professores não tenham medo nem precisem de qualquer tipo de formação para usá-lo.
Entre os games mais jogados estão:
O Cores da Moda, que apresenta peças de roupa de diversas cores e, em cima, o nome de uma cor em inglês, por exemplo, black (preto). Cada vez que o usuário acerta, ele ganha esse item. Ao final do game, se o usuário tiver vencido todas as etapas, pode montar o visual da personagem como quiser.
Já o Fábrica de Palavras exercita a língua portuguesa. Nele, o jogador vai encontrar uma espécie de jogo da forca, em que palavras incompletas aparecem e é preciso que ele identifique qual letra deve ser usada para preencher o espaço vazio.
No Brasil na Copa, o aluno precisa estar por dentro de tudo que acontece pelo mundo para poder jogar futebol. Exatamente. Se responder corretamente as perguntas de conhecimentos gerais, ganha o direito de cobrar um pênalti.
Segundo Xavier, o processo de desenvolvimento dos games passa por cinco etapas. A primeira delas é a escolha dos temas que, por sua vez, são sugeridos pelos próprios usuários do site. Em seguida, um pedagogo entra em ação para definir quais serão as dinâmicas usadas para inserir o conteúdo necessário do aprendizado sem que a diversão se perca. E é só depois da conclusão do material pedagógico que o game entra no processo de desenvolvimento gráfico para ficar pronto para rodar na internet e em tablets.
Uma pesquisa realizada pela própria plataforma ouviu 2.700 usuários e descobriu que o site é acessado quase três vezes mais por meninas do que por meninos e que, entre todos os usuários, 58% deles jogam com o acompanhamento dos pais. Para Xavier, é preciso realizar uma outra pesquisa para entender o motivo desses resultados mas, independentemente disso, se diz feliz com eles. “É muito bom saber que as crianças jogam acompanhadas dos responsáveis, sejam eles os pais e ou responsáveis, afinal, uma criança jogando sozinha no computador pode não alcançar os benefícios esperados de aprendizado”, afirma.
O site que está no ar desde 2009, quando tinha apenas quatro jogos disponíveis, vai passar agora a oferecer um game novo por mês. Segundo Xavier a meta é também trabalhar para aumentar o número de games que podem ser acessados nos dispositivos móveis.
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