Nem sempre é fácil perceber que por trás da figura de um bebê indefeso existe um ser ativo, ávido por conhecimento e dotado de uma capacidade de se articular (a sua maneira) com o mundo que o rodeia. Considerar a autonomia dos pequenos, percebê-los como seres capazes de absorver conhecimentos e também de aprender, principalmente a partir de processos de troca, é o primeiro passo para que pais, professores e sociedade possam contribuir da melhor forma – e cada vez mais cedo – com esses seres em construção. Essas são algumas das principais premissas que serviram de base para o lançamento da campanha Toda Criança Pode Aprender.
Liderada pela ONG Laboratório de Educação, o projeto tem como principais objetivos disseminar na sociedade a ideia de que toda e qualquer criança tem condições de aprender e que o aprendizado ocorre a todo o momento. Quer dizer, não importa a condição social, racial ou étnica, qualquer criança pode aprender na escola ou fora dela. Nascida originalmente em 2010, a campanha ganhou mais força e visibilidade neste ano, a partir do lançamento, em agosto, de um portal interativo e de uma página mobilização nas redes sociais.
As interações e processos de troca comunicativos entre os pais e bebês podem ser efetivados da maneira mais singela possível e muito antes do que muitos imaginam. Ainda quando estão na barriga, os bebês conseguem reconhecer a voz da própria mãe e até dos ambientes que os rodeiam, por isso a importância da conversa durante a gravidez. Ao aprender um pouco da língua da mãe, ao nascer, o bebê chega até a produzir um choro com “sotaque”. Assim como ocorre na fala, crianças francesas, por exemplo, terminam o choro tendendo para notas agudas, afirma a consultora americana especialista no tema, Annie Muphy. E não faltam estudos que comprovem que quanto mais cedo os pais lerem para os bebê, maiores as chances do pequeno se tornar um leitor frequente quando adulto.
“O site tem como objetivo, em geral, dar visibilidade para o quão sofisticado pode ser o pensamento infantil, mesmo em situações aparentemente muito simples. A ideia que está por traz de cada texto que incluímos lá é sempre evidenciar o quanto as crianças são capazes e como as elas estão ligadas 24 horas aprendendo e absorvendo tudo que recebem”, afirma Beatriz Cardoso, diretora executiva do Laboratório da Educação. Focada na sensibilização de mães, pais, avós ou qualquer adulto que se relacione com crianças, a campanha busca esclarecer algumas questões presentes nessa interação a partir das informações vinculadas na internet.
Dividido em sete principais seções, o site dá espaço para o esclarecimento das principais dúvidas do pais, além de dicas de como potencializar o processo de aprendizagem das crianças. Sugestões de como aproveitar um passeio ao museu ou propor uma discussão sobre alguns filmes são alguns dos exemplos presentes na seção Quer uma dica?. Ainda há espaço – o Com a Palavra – para textos de especialistas sobre primeira infância e, claro, uma seção Te Peguei, para qualquer pai ou mãe se identificar instantaneamente. São relatos extraídos de livros e situações reais em que as crianças trocam algumas palavras e o entendimento produzido por elas rendem risos fáceis. Afinal, quem nunca ouviu que a mulher do príncipe é a “príncipa”?
Fonte: Porvir
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