Um
grupo de 17 professores de educação
básica da rede pública embarca, até o
final deste mês, para o Timor-Leste, por meio do Programa de
Qualificação de Docentes e Ensino de
Língua Portuguesa no Timor-Leste (PQLP). Durante cerca de
seis meses, com chance de prorrogação, eles
vão atuar na elaboração e
revisão de materiais didáticos, acompanhar
professores timorenses na implementação de
propostas em sala de aula e desenvolver cursos de português
como segunda língua, entre outras atividades.
O PQLP é uma iniciativa da Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), em parceria com o Ministério das
Relações Exteriores e o governo do Timor. A
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é
responsável pela coordenação
pedagógica do projeto.
O programa é considerado estratégico no
auxílio ao desenvolvimento do Timor, já que
atualmente mais de 85% dos docentes do país não
têm formação acadêmica
adequada. O programa teve início em 2005 e chega a 2013 com
a previsão de investimento de R$ 3 milhões. O
acordo de cooperação assinado entre o governo
brasileiro e o Timor-Leste prevê anualmente o envio de 50
docentes àquele país. Há a expectativa
de ampliar o programa nos próximos anos.
O pedagogo e professor de educação
básica Ingobert Vargas embarca para o Timor-Leste nesta
terça-feira, 5. Apesar de ser sua primeira vez no
país, ele já teve outras experiências
de trabalho em países de língua portuguesa na
África. “As diferenças devem ser
muitas. Mesmo o português sendo a língua oficial
no Timor-Leste, não é a língua falada
pela população. Por isso, a demanda por
qualificar os professores é grande”, salienta.
O grupo, selecionado em dezembro do ano passado, participou em
fevereiro de uma reunião pré-partida em
Brasília. Os professores receberam
orientações sobre segurança,
além de instruções da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) e informações sobre os trabalhos do
Ministério das Relações Exteriores na
área de educação.
Os candidatos selecionados recebem mensalidades no valor de €
2.100 para a modalidade estágio docente e de €
2.300 para a modalidade articulador pedagógico,
além de passagem, seguro saúde,
auxílio instalação e adicional
localidade.
A Capes deve divulgar nos próximos meses o edital para
seleção de novos professores interessados em
capacitar docentes no Timor-Leste.
Assessoria de Comunicação Social
Fonte:
MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18486).