Educação Profissional: Acordo prevê oferta de formação para pessoas privadas de liberdade - 08/02/2013 08:09:24
Os
ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da
Justiça, José Eduardo Cardozo, assinaram nesta
quinta-feira, 7, em Brasília, acordo de
cooperação técnica para a
inclusão do público prisional no Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O
investimento no programa será de R$ 180 milhões.
O acordo estabelece a oferta da Bolsa-Formação,
que inclui os custos do curso e com transporte para estudantes que
cumprem penas de privação de liberdade e egressos
do sistema prisional. O programa atenderá pessoas nos
regimes aberto, semiaberto, fechado e de prisões
provisórias, além daqueles que já
cumpriram as penas.
Até 2014, serão oferecidas 90 mil vagas
– 35 mil já garantidas este ano. Os
beneficiários serão selecionados pelo
Ministério da Justiça e encaminhados aos cursos
em unidades de ensino credenciadas pelo Ministério da
Educação, como institutos federais de
educação, ciência e tecnologia,
unidades do Sistema S e escolas técnicas estaduais. Todas as
unidades da Federação participam da
cooperação.
De uma população carcerária de mais de
500 mil pessoas, apenas 2,9% tem qualificação
profissional e cerca de 5% é analfabeta, o que dificulta a
entrada no mercado de trabalho após o cumprimento da pena.
“Estamos buscando estimular a
ressocialização dos presos, e a
educação é uma oportunidade para que o
egresso tenha mais oportunidades de conseguir um emprego”,
disse Mercadante.
A oferta de cursos será baseada na demanda de cada unidade
federativa a partir da escolaridade e do gênero da
população carcerária.
Haverá cursos nos níveis de ensino fundamental e
médio, completos ou incompletos.
Os privados de liberdade que participarem do programa terão
a pena reduzida. A legislação de
execução penal define que para cada 12 horas de
estudos regulares há remissão de um dia.
Terão prioridade aqueles que cumprem pena em regime
semiaberto, uma vez que podem ir do estabelecimento penal para o local
do curso sem a necessidade de escolta. Caso haja demanda, o programa
permitirá a criação de turmas mistas.
Assim, os detentos assistirão às aulas em turmas
regulares.
Para o ministro José Eduardo Cardozo, como os
presídios brasileiros não apresentam
condições para a
recuperação dos presos, o programa fortalece a
reinserção na sociedade. “Ter a
oportunidade de estudar melhora a condição de
recuperação da pessoa que sofre
condenação penal”, afirmou.
Assessoria de Comunicação Social
Fonte:
MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18442).