O
decreto que regulamentará a Lei de Cotas, sancionada em 29
de agosto último, será publicado nos
próximos dias. O texto passa por fase de
redação final na Casa Civil da
Presidência da República.
“Já está tudo pronto”, disse
nesta terça-feira, 9, o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante.
“Conversei com a presidenta Dilma Rousseff e definimos todos
os critérios para ajudar as universidades a se organizarem
antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e fazerem os
ajustes necessários em seus editais.”
O decreto estabelecerá basicamente a obrigatoriedade de
obediência à lei, aprovada pelo Congresso
Nacional. O documento determinará ainda que os dispositivos
da Lei de Cotas (Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012) sejam
implementados ao longo dos próximos quatro anos. Assim, a
partir de 2013, universidades federais e institutos federais de
educação, ciência e tecnologia
terão de reservar no mínimo 12,5% das vagas ao
ingresso de estudantes cotistas. “A lei é clara:
é para implantar nos próximos quatro
anos”, destacou Mercadante. “Então,
temos que implementar já em 2013.”
O ministro lembrou que parte importante das universidades já
adota política de cotas. “É uma
política de inclusão social”,
ressaltou.
De acordo com Mercadante, o MEC pretende garantir, nos primeiros quatro
anos de implementação
da lei, que os estudantes cotistas disputem vagas tanto pelo
critério de cotas quanto pelo de ampla
concorrência, já que as vagas serão
oferecidas gradativamente. A partir de quatro anos, a
permanência desse modelo ficará a
critério de cada instituição de
ensino.
Tutoria — Entre as iniciativas previstas para a
implementação do sistema de cotas, o ministro
adiantou que o governo federal pretende oferecer tutoria, aulas de
nivelamento e reforço pedagógico aos cotistas.
Representantes do MEC têm debatido com reitores a
definição do melhor modelo. “Estamos
colhendo as experiências das universidades para criar um
programa nacional do MEC”, disse Mercadante.
“É muito importante esse acompanhamento,
especialmente para os indígenas e suas diferenças
culturais.”
Paula Filizola
Fonte:
MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18143).