Rio
de Janeiro — O ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira, 7, no Rio, que pensar
a educação no Brasil é pensar uma
política que contemple da creche à
pré-escola de forma sistêmica. “Esse
é o alicerce da construção de todo o
sistema”, disse o ministro, que fez palestra sobre os
desafios para alfabetizar as crianças até oito
anos ao participar da conferência Early Childhood: the
International and Brazilian Experience (primeira infância: as
experiências no Brasil e no mundo).
O encontro, na Fundação Getúlio
Vargas, em Botafogo (Zona Sul), tem a
participação do economista norte-americano James
Heckman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2000.
Mercadante destacou a importância dos trabalhos de Heckman
para a formulação de políticas sociais
destinadas à primeira infância em diversos
países. “Os estudos mostram como esse crescimento
na primeira infância é fundamental e decisivo para
o desenvolvimento futuro das crianças”, disse.
Dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) apontam que 15,2% das crianças
brasileiras com oito anos de idade ainda não
estão alfabetizadas. Enquanto no Paraná e em
Santa Catarina as taxas de não
alfabetização nessa faixa etária ficam
em 4,9% e 5,1%, respectivamente, o Maranhão, com 34%, e o
Pará, com 32,2%, apresentam os casos mais graves.
Um dos instrumentos do Ministério da
Educação para melhorar os índices de
alfabetização das crianças brasileiras
é o Programa Nacional de
Reestruturação e Aquisição
de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de
Educação Infantil (Proinfância). Ele
surgiu para garantir a construção e a reforma de
creches e pré-escolas públicas no Distrito
Federal e municípios do país, além da
aquisição de equipamentos para a rede
física escolar.
Com o apoio do Proinfância, o MEC tem como meta construir
6.427 estabelecimentos até 2014. O investimento
será de R$ 7,6 bilhões, com recursos do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC).
Retorno — Economista, formado pela universidade de Princeton,
Estados Unidos, James Heckman recebeu o prêmio Nobel em 2000
por sua contribuição na
criação de métodos
econométricos que ajudam a medir com precisão o
impacto de políticas públicas. Segundo ele, o
maior retorno que um país pode ter em
educação é o investimento no primeiro
ciclo de vida das crianças, quando elas estão
construindo as habilidades não cognitivas e os
traços de personalidade. “Eu acredito que o Brasil
está indo nesse caminho, com estratégias de
promoção da educação nos
primeiros anos de vida da criança”, disse.
Assessoria de Comunicação Social
Fonte:
MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17734).