As
creches que atendem crianças até três
anos de idade receberam 234 mil novas matrículas em 2011, o
que significa aumento de 11% em relação ao ano
anterior, segundo o Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do Ministério da
Educação. A maior parte das matrículas
em creches está sob a responsabilidade das redes municipais
públicas de ensino, que abrangem 63,6% do total de 2,3
milhões e atendem a 1.461.034 alunos. Em seguida, vem a rede
particular, com 828.200 matrículas (36%).
Entre os motivos para a expansão do atendimento nas creches
estão a criação do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) e o reconhecimento da creche
como primeiro estágio da educação
básica. O Ministério da
Educação garante o repasse de recursos a estados,
Distrito Federal e municípios. Com o aumento da procura na
educação infantil, cresce a necessidade de
construção de unidades e reforma das
já existentes. Para essa demanda, o Ministério da
Educação conta com programas como o de
Reestruturação e Aquisição
de Equipamentos da Rede Escolar Pública de
Educação Infantil (Proinfância).
No âmbito da educação especial, o censo
revela o crescimento do atendimento especializado nas escolas
regulares. Em 2011, o número de matrículas de
estudantes com deficiência nas escolas comuns aumentou 15,3%
em relação a 2010, com mais de 550 mil
matrículas. Esses números estão de
acordo com a política adotada pelo MEC de dar prioridade
à educação inclusiva, valorizar as
diferenças e atender às necessidades educacionais
de cada aluno.
Na educação profissional, o censo aponta
crescimento de 60% no número de matrículas entre
2007 e 2011 — que passou de 780.162 para 1.250.900. Com a
expansão da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica e a
criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec), o número de
estudantes na educação profissional
será ainda maior.
Integral — Atualmente, mais de 1,7 milhão de
alunos matriculados no ensino fundamental têm
educação em tempo integral. Dos matriculados na
rede pública, 6,4% estudam em tempo integral, contra 1,7% da
rede particular. Em 2011, o número de estudantes atendidos
em tempo integral chegou a 1,68 milhão em
relação a 1,26 milhão do ano anterior
— aumento de 33,4%. Considera-se
educação básica em tempo integral a
jornada escolar com duração igual ou superior a
sete horas diárias. Nesse período está
compreendido o tempo total que o aluno permanece na escola ou em
atividades escolares.
Diego Rocha
Fonte:
MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17719).