O
programa Ciência sem Fronteiras recebeu 36.172
inscrições de candidatos que desejam estudar em
instituições de ensino superior dos Estados
Unidos, Reino Unido, Itália, Alemanha ou França.
A seleção de estudantes é para cursos
de graduação-sanduíche que
começam no segundo semestre deste ano. Eles concorrem a
cerca de 10 mil bolsas.
Os dados são da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), autarquia do Ministério da
Educação que coordena as chamadas
públicas do programa, em conjunto com o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
órgão do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação.
O governo federal lançou cinco editais em dezembro de 2011 e
as inscrições foram encerradas em 31 de janeiro.
Entre os países objeto dessas chamadas públicas,
os mais procurados pelos estudantes brasileiros foram os Estados
Unidos, com 9.440 inscrições, e Reino Unido, com
4.928 concorrentes.
De acordo com o diretor de relações
internacionais da Capes, Márcio de Castro Silva Filho, os
selecionados vão ingressar nos cursos em setembro. Neste
momento, explica, a Coordenação analisa as fichas
de inscrição para verificar se os candidatos
prestaram todas as informações solicitadas. Assim
que concluir esse trabalho, a Capes envia as
relações de estudantes para cada
instituição de ensino superior brasileira que
participou das chamadas públicas de dezembro do ano passado.
Márcio de Castro informa que será
responsabilidade do comitê do programa Ciência sem
Fronteiras da instituição, seja
pública ou privada, conferir as
informações prestadas no cadastro e verificar
itens, como o histórico escolar, se o estudante
está dentro do período do curso exigido e, em
especial, se tem proficiência no idioma do país
onde pretende estudar. As inscrições homologadas
na instituição serão devolvidas
à Capes e ao CNPq.
Na sequência, a Capes e o CNPq encaminham a
relação de candidatos selecionados para as
agências internacionais em cada país.
Serão as agências internacionais que
vão definir em que instituição cada
bolsista vai estudar.
Viagem – Os candidatos que ganharem bolsas de estudos do
governo brasileiro para estudar na França,
Itália, Alemanha, Estados Unidos ou Reino Unido seguem para
os países em três momentos. Segundo o coordenador
de relações internacionais da Capes, os
estudantes com domínio intermediário da
língua do país de destino, embarcam em junho ou
julho para curso intensivo no idioma. Na Alemanha, por exemplo, o curso
preparatório será de três meses
(embarque em junho), e na França, dois meses (embarque em
julho). As aulas de reforço no idioma também
serão custeadas pelo Brasil.
Já aqueles candidatos com atestado de proficiência
no idioma viajam no início de setembro, que é
quando começam as aulas nos países do
hemisfério norte.
Oportunidade – Como o programa Ciência sem
Fronteiras tem duração de quatro anos, com
seleções até 2014, Marcio de Castro
recomenda aos brasileiros que estudem idiomas e que se esforcem para
aproveitar as oportunidades que serão oferecidas nos
próximos editais. Ter uma experiência no exterior
durante a graduação, diz o diretor, tem impacto
favorável na vida pessoal e profissional.
“Não percam essa oportunidade”,
recomenda.
A previsão da Capes é lançar novos
editais ainda neste semestre para Portugal, Bélgica,
Espanha, Coréia e Canadá.
Intercâmbio – O Ciência sem Fronteiras,
lançado em 26 de julho de 2011, é um programa do
governo federal destinado a consolidar, expandir e a promover a
internacionalização da ciência e da
tecnologia, da inovação e da competitividade
brasileiras por meio do intercâmbio de alunos de
graduação e
pós-graduação e da mobilidade
internacional. Está prevista a concessão de
até 75 mil bolsas em quatro anos, de 2011 a 2014.
Ionice Lorenzoni
Fonte: MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17483).