A
teoria de resposta ao item (TRI) garante a isonomia das provas do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), mesmo se aplicadas em
períodos diferentes. A TRI baseia-se em modelos
matemáticos que permitem a elaboração
de provas diferentes com o mesmo grau de dificuldade. O modelo
é baseado em três parâmetros gerais
— grau de dificuldade da questão, nível
de discriminação (o quanto o item consegue
diferenciar o quanto o candidato sabe ou não) e a
probabilidade de acerto ao acaso (chute).
Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que
varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos
pré-testes — quanto mais alunos acertam uma
determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova.
Isso porque o grau de dificuldade é supostamente menor. No
próximo ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do
Ministério da Educação
responsável pelo Enem, o candidato terá acesso a
uma escala, pela qual saberá em quais áreas
obteve melhor desempenho, assim como ocorre no Sistema Nacional de
Avaliação da Educação
Básica (Saeb), também do MEC, que mede o
desempenho de estudantes do ensino fundamental e médio.
A aplicação da teoria da resposta ao item
é frequente nas avaliações em testes
de múltipla escolha aplicados em diversos países.
No Brasil, a TRI é usada desde 1995 nas provas do Saeb. Em
2009, foi usada no Enem para garantir a
comparação das notas do exame daquele ano com os
seguintes.
Reconhecimento — Em nota divulgada no ano passado, a
Coordenação da Organização
das Nações Unidas (ONU) no Brasil ressalta:
“O uso dessa metodologia apresenta amplo respaldo na
literatura científica internacional (...) e tem sido
utilizada em um conjunto importante de avaliações
conduzidas por organismos internacionais”.
Entre as vantagens metodológicas da TRI, segundo a
organização, está a possibilidade de
elaboração de provas diferentes para o mesmo
exame. Essas provas podem ser aplicadas em qualquer período
do ano, com o mesmo grau de dificuldade, e permitem a comparabilidade
no tempo.
A nota da ONU também destaca: “A TRI prioriza o
uso de habilidades reflexivas e analíticas em detrimento da
memorização de conteúdos, o que
representa um avanço importante em
relação a outros modelos de
avaliação”.
Assessoria de Comunicação Social
Fonte:
MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17189).