Rio
de Janeiro – Uma
imensa máquina de escrever acolhe o público no
estande do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) na 15ª Bienal do Livro
do Rio. A platéia senta-se nas letras dispostas no teclado
dessa máquina, para ouvir poesia e contos dos escritores e
poetas convidados.
Este ano, o estande do FNDE homenageia os escritores com os
instrumentos utilizados para sua criação.
Explorando o estande, é possível encontrar pufes
em formato de lápis, de apontador, de borracha, bem como a
luminária, a máquina de escrever e, do lado de
fora, uma imensa folha de papel, com dois poemas:
Para ser grande, de Fernando
Pessoa, e
Das Utopias,
de Mário Quintana.
Nesta sexta-feira, 2, foram realizadas duas sessões de
leitura com autores selecionados do Programa Nacional Biblioteca da
Escola, que distribui livros de literatura para escolas
públicas de todo o país. O primeiro foi com o
escritor Eucanaã Ferraz, que leu trechos do seu livro
Bicho
de sete cabeças e outros seres fantásticos.
Os alunos do Colégio José de Alencar, da Escola
Municipal Raul Veiga e do Centro Educacional Maia Santos ouviram
histórias de lobisomem, zumbi, marciano, bicho
papão e sereia. E depois discutiram com o autor sobre cada
um deles.
O pequeno Kayan teimou que o lobisomem é um homem que vira
fera toda noite. Já o autor defendeu que ele se transformava
apenas em noites de lua cheia, “porque, senão, o
coitado ficava muito cansado”. Para Eucanaã
Ferraz, os bichos que povoam a imaginação popular
“todo mundo conhece, mas ninguém nunca os
viu”.
Mais tarde, os alunos da Escola Municipal Nicolau Antonio Taunay e do
Instituto Dominus de Educação ouviram a
história em cordel dos brinquedos populares feitos de
sucatas. Cristianne Rothier leu também a aventura do sapo
que foi a uma festa no céu de uma forma inusitada, dentro da
viola do urubu, porque não sabia voar. Ao final, todas as
crianças construíram seus próprios
cordéis e aprenderam que a literatura de cordel nasceu do
hábito de seus autores de pendurarem os livros em um
barbante.
O dia inteiro, o estande do FNDE é palco do vai e vem de
alunos e professores curiosos e ávidos por novidades. A
programação
cultural do espaço segue até 11 de setembro, com
dois encontros com autores no auditório pela
manhã e dois à tarde.
Assessoria de Comunicação Social do FNDE
Fonte: MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17019)