A
abertura de 250 mil vagas de ingresso nas universidades federais e de
600 mil matrículas nos institutos federais de
educação, ciência e tecnologia, em
2014, é um dos resultados que a presidenta da
República, Dilma Rousseff, espera alcançar com a
terceira fase da expansão universitária e
profissional, anunciada nesta terça-feira, 16.
O acesso à educação e ao conhecimento,
segundo a presidenta, deve ser maciço, inclusivo e
sistemático, para que jovens e trabalhadores possam dele se
beneficiar em todos os recantos do país. O
esforço do governo federal, na sua visão, busca
superar décadas de atraso e preparar a
nação para o futuro.
“Em dois anos, só a Petrobrás vai gerar
uma demanda de 230 mil técnicos em petróleo e
gás”, explicou Dilma. Mas o Brasil, avisou,
também precisa de quadros preparados para atender setores
internacionais de alta tecnologia que estão aqui chegando.
A terceira etapa da expansão da
educação superior compreende a
criação de quatro universidades federais que
serão instaladas no Pará, no Ceará e
na Bahia e a abertura de 47 câmpus universitários.
Desses câmpus, 20 serão instalados até
2012 e os outros 27, até 2014. Já a
expansão da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica
terá 208 novas unidades, distribuídas em
municípios dos 26 estados e no Distrito Federal.
Para executar o programa, o governo federal vai investir cerca de R$ 7
milhões por unidade de educação
profissional e R$ 14 milhões no caso de câmpus
universitário. Segundo o ministro da
Educação, Fernando Haddad, esse é o
valor mínimo para iniciar as atividades.
De acordo com Haddad, as novas universidades, os câmpus e as
unidades de educação profissional que
começam a ser construídos no governo de Dilma
Rousseff atendem critérios técnicos de
reparação de uma injustiça
histórica de muitas décadas, que isolou
populações do acesso à
educação e ao conhecimento.
“A terceira fase da expansão universaliza o
atendimento aos Territórios da Cidadania”,
explicou, “que são áreas de
concentração populacional com pouco acesso aos
bens mais necessários.”
Segundo Haddad, dos 120 territórios da cidadania, 117
serão atendidos agora. Os três restantes, que
têm população menor, serão
incluídos na próxima etapa. O G 100, grupo que
reúne 103 cidades com mais de 80 mil habitantes e menos de
R$ 1 mil de investimento per capita por ano, também
será beneficiário da expansão. Segundo
o ministro, 83 cidades do G 100 estão incluídas.
“Promover a educação, a
saúde, a cultura, somando esforços de diversos
ministérios, foi o caminho escolhido pelo governo federal
para erradicar a pobreza.”
Critérios –
Para definir o número de câmpus
universitários e de escolas de
educação profissional por estado, o governo
federal orientou-se por uma série de critérios,
entre os quais estão os baixos índices de
desenvolvimento da educação básica
(Ideb) e a porcentagem de jovens de 14 a 18 anos nas séries
finais do ensino fundamental. Na escolha dos municípios a
serem contemplados, considerou a universalização
do atendimento aos territórios da cidadania, a alta
porcentagem de extrema pobreza, municípios ou
microrregiões com população acima de
50 mil habitantes e os municípios com arranjos produtivos
locais (Apl).
Ionice Lorenzoni
Fonte: MEC (http://www.planetaeducacao.com.br/portal/index.ASP).