Desde 1974, o Museu do imigrante de Bento Gonçalves (RS) contribui para a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade. No entanto, as obras disponíveis em exposições ainda não podem ser exploradas pelas mãos curiosas de deficientes visuais. Para sanar o problema, surgiu a idéia de construir réplicas em miniatura de peças do museu e torná-las acessíveis ao público deficiente.
Para viabilizar esse plano, foi firmada uma parceria entre o campus Bento Gonçalves do Instituto Federal Rio Grande do Sul e o Museu do Imigrante. O projeto Olhos D´Alma prevê a instalação de uma oficina de artes, que será composta por artistas plásticos e professores de desenho cedidos pela prefeitura. A eles caberá produzir as réplicas. Para a aquisição de materiais e a infraestrutura da oficina, o programa Educação, Tecnologia e Profissionalização Para Pessoas com Necessidades Especiais (Tec Nep) liberou R$ 30 mil.
De acordo com Andréa Poletto Sonza, educadora especializada e coordenadora do núcleo de inclusão do campus Bento Gonçalves, os deficientes visuais poderão conhecer a arte divulgada pelo museu de maneira mais fácil. “A oficina vai permitir também a capacitação das pessoas que fazem parte do núcleo de inclusão do campus”, disse. Andréa garantiu que a oficina começará a funcionar no segundo semestre.
Ana Júlia Silva de Souza
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