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Uso da informática nas escolas públicas esbarra na falta de formação dos professores - 23/04/2009 08:30:20

Na era da informação, as escolas passam por uma série de transformações. A chegada da informática mostrou que o computador é hoje um recurso imprescindível na Educação. Mas, como garantir o uso correto da tecnologia? A simples utilização do computador nas escolas pressupõe que o ensino é informatizado? Existe planejamento de projetos educacionais para a integração do currículo com os recursos tecnológicos? O grau de envolvimento do corpo docente nesse processo é satisfatório?

O governo Lula prometeu a implantação de laboratórios de informática em todas as escolas públicas do país até o fim de 2010, mas a medida, positiva, esbarra no despreparo dos professores para usar o computador. Além disso, é necessário que Estados e Municípios promovam a manutenção dos equipamentos.

"Não basta implantar um programa de informática nas escolas. É preciso que os professores saibam utilizar as novas e modernas tecnologias, proporcionando a seus alunos aulas mais envolventes, com diferentes possibilidades de exploração do conteúdo em questão. O que acontece na realidade é que a maioria das escolas precisa ainda capacitar seus educadores. O computador precisa ser entendido como mais uma ferramenta pedagógica, que vai possibilitar aos alunos aprofundar e ampliar conhecimentos em temas já estudados em sala de aula", diz Roberta Bento, diretora de Educação da Planeta Educação, empresa especializada na implantação de projetos de informática educacional.

Desde 1997, o MEC, através do ProInfo - programa de informatização das escolas -, já investiu R$ 726 milhões; e os gastos estão crescendo. Só no ano passado, eles chegaram a R$ 317 milhões, ou 1% do orçamento do ministério. O percentual de escolas públicas com laboratório de informática também aumentou. Em sete anos, de 1999 a 2006, passou de 46% para 63% no ensino médio e de 8% para 19% no fundamental. O problema é que falta estrutura para que a informatização possa ajudar a melhorar a qualidade do ensino público.

É o que relata, por exemplo, a professora Dilma Santos, presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação da região de Almenara, em Minas Gerais. "Várias escolas tem computadores novinhos e praticamente sem uso porque os professores não sabem usá-los como ferramentas de ensino. Sou professora, com pós-graduação em língua portuguesa, e enfrento essa dificuldade. O pouco que sei, aprendi de curiosa, de ficar mexendo na Internet", disse em depoimento publicado pela Folha de S.Paulo.

Segundo a educadora Roberta Bento, "existe o perigo de que os equipamentos acabem representando um fim em si mesmos, jogando-se fora uma enorme gama de oportunidades, não somente para tirar os alunos da situação de desinteresse que apresentam pelos estudos, mas também de alcançar resultados dignos de uma educação de qualidade. Por isso, é fundamental que as secretarias de educação dos estados e municípios possam contar com a ajuda e experiência de educadores especializados na integração da tecnologia à educação. Somente um diagnóstico correto pode levar a uma prescrição adequada a cada escola".

Implantar laboratórios de informática nas escolas não é suficiente. É preciso potencializar esses espaços, de modo a facilitar o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Empresas que trabalham com projetos de informática educacional, como a Planeta Educação, utilizam a Informática como ferramenta para o desenvolvimento de trabalhos que valorizam as Inteligências Múltiplas.

A Planeta Educação já atua, com sucesso, junto a escolas públicas e projetos sociais de vários municípios brasileiros. Em São Paulo, por exemplo, está presente nas escolas da rede municipal de Cubatão e Bertioga, na Baixada Santista; em Guaratinguetá, Lorena e Caçapava, no Vale do Paraíba; além de Bauru e Taboão da Serra, entre outras. Através de parcerias, a empresa fica responsável pela implantação e manutenção dos laboratórios de informática nas escolas e promove também cursos de formação, por meio do Programa de Formação Continuada aos Educadores em Informática Educacional. No dia a dia escolar, os mediadores, junto com os professores, desenvolvem atividades nos laboratórios utilizando softwares educativos para complementar os estudos nas diversas áreas do saber e, além de computadores com conexão à Internet, mantêm em uso impressoras, scanners, microfones e câmeras digitais.

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