Para cada ponto percentual a mais na escala de ausências de professores em sala de aula, o desempenho dos alunos em matemática perde 16 pontos percentuais enquanto o de língua portuguesa cai para 14. É o que aponta uma pesquisa que avaliou o impacto das faltas dos profissionais do ensino na rede pública de São Paulo.
Finalizado recentemente, o estudo cruzou o número de faltas dos docentes com o desempenho dos estudantes no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e atestou que a presença do professor em sala de aula está diretamente ligada ao aprendizado do aluno.
Realizado pelo Laboratório de Idéias, grupo de especialistas que estuda dados educacionais e auxilia na implementação de programas escolares da Secretaria de Educação paulista, o levantamento foi feito com base no Saresp 2007 com estudantes da 4ª série do Ensino Fundamental. As avaliações foram delimitadas às disciplinas de matemática e língua portuguesa.
Por ser uma classe mais dependente da presença do professor - que normalmente conduz sozinho as aulas de as todas disciplinas previstas, o que faz com que os alunos fiquem um dia inteiro sem aula caso o docente falte - a 4ª série foi escolhida para medir a influência do absenteísmo dos profissionais de educação.
O balanço compara os seis primeiro meses de 2008 ao mesmo espaço de tempo de 2007, período posterior à lei aprovada pelo governador José Serra que delimita o número de dias de faltas. Desde 17 de abril do ano passado, são permitidos somente seis pedidos de licença para cuidados médicos por ano por profissional.
Entre maio e outubro de 2007, foram registradas 398 mil faltas justificadas pela apresentação de atestados médicos nas escolas estaduais. Em 2008, nos mesmos meses, o número caiu para 163 mil faltas, quase 60% a menos.
Antes de a nova lei entrar em vigor, eram registradas cerca de 30 mil faltas diárias de professores (12,8% dos cerca de 230 mil docentes da rede). Na legislação anterior, cerca de 19 dispositivos legais garantiam que os professores pudessem se ausentar das salas de aulas sem desconto na folha de pagamento. Se utilizasse todas as brechas que a lei permitia, um professor teria direito a trabalhar apenas 27 dos 200 dias letivos prevista para um ano escolar.
O número de falta dos professores foi fornecida pelo Departamento de Recursos Humanos (DRHU) da Secretaria e pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp). Os dados escolares foram extraídos do Censo Escolar 2007. (Redação Terra)
Redação Terra
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