Promessa é de que aulas das 11h às 15h desapareçam em um ano. Educação pretende ainda implantar nova prova no ensino fundamental.
O secretário de Educação da Prefeitura de São Paulo, Alexandre Alves Schneider, disse nesta quarta-feira (17) que o terceiro turno nas escolas da rede municipal de ensino, conhecido como “turno da fome” por ter aulas no período das 11h às 15h sem direito à refeição, será abolido até 2010.
Segundo o secretário, em 2005, 330 escolas tinham os três turnos de aulas: das 7h às 11h, das 11h às 15h e das 15h às 19h. Atualmente, existem 68 escolas com o turno intermediário. A promessa é de que, na metade de 2009, esse número seja reduzido para 44 e, no início do ano seguinte, não haja mais nenhuma escola com aulas nesse período.
“Vamos organizar o ensino fundamental. Uma organização da carreira (dos professores) e uma organização das escolas”, disse, durante uma conversa sobre balanço dos três anos da gestão Gilberto Kassab (DEM), em que ele conduziu a pasta de Educação.
A redução contínua e extinção do “turno da fome” será possível, segundo o secretário, graças a iniciativas das direções das escolas – que reorganizaram salas sem uso e fizeram algumas pequenas mudança em seu funcionamento – e à construção de novas unidades escolares. O terceiro turno existe nas escolas da cidade há mais de 20 anos.
Com a redução do número de turnos, a secretaria pretende expandir a carga horária dos estudantes de quatro para cinco horas diárias. O trabalho, iniciado neste ano, deve ser estendido para toda a rede. A previsão também é de que, já em 2009, as salas tenham no máximo 32 alunos por turma. A administração municipal quer atingir uma meta de 30 alunos por sala no ano seguinte.
Provinha SP
Também é projeto da secretaria para 2009 a implantação de um novo exame entre os alunos do ensino fundamental, de 1ª a 8ª séries. Uma espécie de “provinha SP”, a avaliação com as disciplinas de Matemática e Português seria implantada inicialmente sem uma periodicidade definida, mas a intenção é de que seja realizada bimestralmente. A aplicação ocorreria a partir do final do primeiro semestre e seria feita baseada nas orientações curriculares.
Ao contrário da Prova SP, criada em 2007 pela administração municipal para medir o resultado dos investimentos feitos na área pedagógica, a “provinha” não teria aplicação obrigatória, ficando a cargo dos professores aplicá-la ou não aos alunos. Questionado sobre se o exame não levaria os professores a deixarem de aplicar as provas elaboradas por eles para usar apenas a avaliação da prefeitura, Schneider disse acreditar que uma avaliação não deve interferir na outra. “Não faz mal ter avaliações externas seriadas”, falou.
Déficit de creches
Schneider classificou como “principal desafio” da secretaria no próximo ano solucionar o déficit de creches no município. De acordo com ele, cerca de 109 mil crianças são atendidas em creches hoje, mas o déficit chega a cerca de 80 mil. Para o secretário, os principais problemas encontrados pela administração municipal no caso são o número insuficiente de pedagogos disponíveis (uma vez que, por lei, é exigido o diploma de pedagogia para trabalhar com crianças em creches) e o número insuficientes de unidades. Seriam necessários pelo menos mais 600 terrenos para a construção de unidades para suprir a demanda.
Atualmente, a prefeitura possui 1.750 unidades de educação infantil das redes direta e indireta, sendo que desse total, 1.243 são creches. No ensino fundamental e médio, o número de unidades chega a 491. (Fonte: G1)
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