Os professores brasileiros e argentinos das escolas públicas que integram o Projeto Escola Intercultural Bilíngüe de Fronteira participam, a partir desta sexta-feira (5), até domingo, do 2.º Seminário das Escolas de Fronteira, que acontece em Porto Alegre. Estarão presentes 268 professores das oito escolas brasileiras e das sete escolas argentinas incluídas no projeto.
Compartilhar experiências de sucesso e também as dificuldades do cotidiano escolar, envolvendo culturas e línguas diferentes, estão entre as finalidades do encontro. Segundo Roberta de Oliveira, coordenadora-geral de formação de professores da Secretaria de Educação Básica (SEB), os professores têm interesse em conhecer a experiência dos colegas, motivo por que os relatos vão reunir os docentes que trabalham em séries correspondentes.
Outro tema que será tratado é a avaliação da aprendizagem da segunda língua – espanhol para os alunos brasileiros e português para os argentinos. A avaliação terá duração de um dia e será feita em grupos mistos de primeira a quarta séries do ensino fundamental ou segundo ao quinto ano.
O grupo também terá um encontro com o professor Pedro Garcez, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para trocar informações e tirar dúvidas sobre interação em sala de aula. Roberta de Oliveira explica que muitas vezes os professores encontram dificuldade para separar o que é interação e o que é indisciplina na classe. Pedro Garcez é pesquisador da área de interação.
Entre os desafios que tem o projeto no próximo ano está o trabalho de avaliar o aprendizado dos alunos. Roberta de Oliveira explica que o Ministério da Educação quer saber o quanto os alunos compreendem a segunda língua e qual o nível de conversação que alcançaram.
Ampliação – Ação bilateral Brasil-Argentina desde 2005, o Projeto Escola Intercultural Bilíngüe de Fronteira será ampliado em 2009. Durante o seminário será apresentado um diagnóstico das dez escolas que entram no próximo ano. São escolas da Venezuela, Uruguai e Paraguai que estão na divisa com os municípios brasileiros de Pacaraima (Roraima com a Venezuela), Jaguarão e Chuí (Rio Grande do Sul com o Uruguai), e Ponta Porá (Mato Grosso do Sul com o Paraguai). Nessas escolas o projeto começa com turmas da primeira série ou segundo ano.
Nas escolas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná que desenvolvem o projeto com a Argentina, as turmas vão da primeira à quarta série. Roberta explica que a escola inteira participa da experiência, em níveis diferentes. Nas quatro séries iniciais, os professores cruzam a fronteira para encontrar os alunos uma vez por semana; nas séries finais do ensino fundamental existe intercâmbio de informações e pesquisas na sala de aula, além de atividades lúdicas como a troca de correspondências e fotografias. (Nota 10)
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