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UTFPR fabrica elevador e garante acessibilidade a cadeirantes - 25/07/2008 08:44:28

O campus de Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) já possui elevadores e plataformas de uso exclusivo de alunos cadeirantes. O projeto, desenvolvido pelo técnico em fabricação mecânica da própria universidade, Darci Gonçalves, começou com a necessidade de adaptar as instalações para esses alunos – pré-requisito para que a instituição pudesse abrir novos cursos. “Os novos cursos não seriam aprovados sem a acessibilidade exigida pelo MEC, então nosso reitor lançou o desafio para os funcionários”, conta Darci. “Então eu criei o primeiro protótipo, e o projeto foi evoluindo”.

O primeiro protótipo era uma plataforma, com elevação de 60 centímetros. O Elevador para Alunos Especiais (EAE) 1 servia apenas para que os alunos ficassem numa altura razoável para o trabalho nas bancadas dos laboratórios. “Os dirigentes da instituição pensaram que quem constrói uma plataforma para 60 centímetros pode fazer uma maior”, diz Darci. “Assim surgiu o EAE 2, com elevação de 4 metros”. Ele dá acesso ao segundo andar do prédio, num bloco que contém oito salas de aula. O outro protótipo já é bem mais audacioso: um elevador com duas paradas, e 10,5 metros de altura. Outro EAE 3 fica no campus de Campo Mourão.

Darci conta que o acesso aos EAEs é exclusivo para aqueles que realmente necessitam. “Cada aluno cadeirante recebeu um controle remoto individual, e só ele pode usar as plataformas e o elevador”, revela. Nem mesmo os técnicos responsáveis pelos equipamentos têm acesso a eles. “Eles são para os alunos especiais, e por direito só eles podem usá-los”.

Por enquanto, os protótipos estão sendo adequados às necessidades locais e às normas de segurança. “Para essa adequação temos o auxílio de um engenheiro, professor Antonio Kozlik”. Os protótipos devem continuar sendo produzidos para uso na UTFPR. “Primeiro queremos resolver os problemas dentro da nossa casa”, afirma Darci. “Depois, se houver um acordo entre o nosso reitor e as outras universidades, poderemos oferecer uma assessoria às instituições que quiserem fabricar seus próprios modelos – por que não?”.

De acordo com Darci Gonçalves, os projetos de plataformas de elevadores passam por ajustes dos desenhos para se adequarem às normas técnicas. Os passos seguintes serão patentear as marcas e buscar parcerias para a fabricação. Como ainda não tem o desenho final, Darci não revela o preço dos elevadores, mas garante que fica muito abaixo do praticado no mercado. O reitor Carlos Eduardo Cantarelli disse que conhece e aprova as iniciativas que promovem a acessibilidade na instituição e que vai apoiar o registro das patentes. (Fonte: Nota 10)

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