Planeta Educação

Carpe Diem

João Luís de Almeida Machado é consultor em Educação e Inovação, Doutor e Mestre em Educação, historiador, pesquisador e escritor.

FormiguinhaZ
Diálogo inicial da animação “FormiguinhaZ

Formiga Z - A minha vida inteira eu morei e trabalhei em uma cidade grande e, pensando bem, isso é um problema... Eu nunca me senti confortável no meio de multidões. É sério, eu fico angustiado em lugares fechados. Eu me sinto asfixiado. Eu sempre fico me dizendo que deve haver alguma coisa melhor lá fora. Talvez eu pense demais... Eu acho que tudo se deve ao fato de eu ter sido uma criança muito ansiosa. Sabe, minha mãe não tinha tempo para mim. Quando se é o filho do meio, numa família de 5 milhões, não se recebe muita atenção, é impossível, não é? E, eu sempre tive complexo de abandono. O meu pai era basicamente um zangão, como eu já disse, e ele saiu voando quando eu era só uma larva. E, o meu trabalho, ah, eu não quero nem começar a falar. Eu fico doente só de pensar. Eu não fui feito para ser um operário. Isso eu tenho absoluta certeza. Eu me sinto fisicamente inadequado. Minha vida inteira eu nunca, nunca fui capaz de levantar mais de dez vezes o meu próprio peso. E, pensando bem, carregar entulho... Não é bem a minha idéia de uma carreira promissora... E esse negócio de super-organismo eficiente, eu não consigo engolir, eu tentei, mas eu não consigo. Será que eu tenho que fazer tudo pela colônia? E os meus desejos? E eu? Quer dizer, eu tenho que acreditar que existe um lugar melhor fora daqui. Senão é melhor eu me encolher em posição larval e chorar... Todo esse sistema me faz sentir... Insignificante!

Formiga Terapêuta - Excelente! Conseguiu expressar suas emoções.

Formiga Z - É mesmo?

Formiga Terapeuta - É Z, você é insignificante...

Formiga Z - Ah! Sou é...

(Diálogo inicial da animação “FormiguinhaZ”, dos diretores Eric Darnell e Tim Johnson, produzido pela DreamWorks, em 1998)

 

Quantas vezes você já se sentiu insignificante? O que o faz sentir-se assim? Sua vida é do jeito que você imaginou ou será que os rumos tomados não foram aqueles imaginados? Você é feliz no trabalho? Como vai sua vida familiar?  E seus amigos, quem são? Estão sempre por perto quando você precisa deles?

É amigo... A vida é construída por nós mesmos a cada novo nascer do sol. Quando colocamos o pé na estrada vamos, aos poucos, definindo o que será de nós e das pessoas que estão mais próximas, como nossos filhos e cônjuges. Ao nos imaginarmos fracassados, perdedores ou insignificantes estamos, literalmente, assinando embaixo e dando o rumo da derrota a nossa existência...

Se as coisas não estão dando certo, é necessário e vital renovar-se, reinventar o seu mundo, atualizar-se para não apenas sobreviver, sobretudo para que a vida realmente valha à pena.  E qual é o primeiro passo? Desconstrua-se, busque sua história, compreenda seus passos, analise cada etapa de sua vida para entender o que o levou a situação que está vivendo e que lhe causa desconforto.

Não tenha receio de admitir que errou. Ao admitir e identificar seus problemas, dificuldades e erros procure pensar sobre eles e imaginar saídas alternativas. Enfrente as questões que o magoam e ferem. Analise tudo sem pressa, sem rancor, com calma e parcimônia. O que você está buscando é a dignidade, a felicidade e o sucesso que cada um de nós persegue ao longo de nossas vidas. Tudo isso está também ao seu alcance, como se encontra próximo de todos aqueles que acreditam e vão à luta para chegar lá.

Porém não pense e nem aja como se você fosse um guerreiro solitário nessa jornada em busca da paz e da harmonia. Saiba que todos somos parte de um projeto coletivo e que sempre há pessoas próximas que estariam dispostas a dar a vida por você. Identifique seus grandes amigos, conte com o amor de sua vida, dê a eles a sua força para que também se sintam mais seguros e, acima de tudo, creia-me, ninguém é insignificante!

Avaliação deste Artigo: 4 estrelas