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Aprender com as Diferenças

Cássia Ravena Mulin de Assis Medel Pedagoga e Escritora. Especialista em Supervisão Escolar e Orientação Educacional. Atua como Orientadora Pedagógica na E.M.Francisca Pinheiro Teixeira e Orientadora Educacional no C.E.Lameira de Andrade, Cantagalo-RJ. Autora do livro Projeto Político-Pedagógico, Construção e Implementação na Escola, Editora Autores Associados. Consultora Pedagógica e Palestrante. Contatos pelo ravenamedel@yahoo.com.br

Como trabalhar a Motricidade Refinada com Crianças com Deficiência Visual na Educação Infantil
Aprender com as Diferenças

O Educador que atua no segmento de Educação Infantil, deve trabalhar a motricidade refinada de todas as crianças, inclusive das crianças com deficiência visual, pois este é um pré-requisito fundamental para a aquisição da escrita por qualquer criança na fase de alfabetização.

É importantíssimo que as crianças com deficiência visual, sejam incluídas em classes regulares e que os educadores sejam capacitados para atendê-las. Numa classe regular, onde estão incluídas crianças com diversos tipos de deficiências, seja visual, auditiva, motora ou qualquer outra, percebemos que todas as crianças saem “ganhando”, isto é, todas irão crescer com esta integração, tanto as crianças deficientes, quanto as que não são.

Todos aprenderão uns com os outros e o educador também ensinará e aprenderá muito com elas. A escola só tem a ganhar com o procedimento de inclusão destas crianças.

Para trabalhar a motricidade refinada com as crianças com deficiência visual, e também com as demais crianças da turma, o educador pode lançar mão de algumas atividades como, por exemplo, a caixa de areia onde a criança deverá fazer desenhos na areia com os dedos.

Outra atividade que pode ser desenvolvida pelo educador e que os pequenos gostam muito é a confecção de mini-pizzas e de biscoitos em forma de rosquinhas, onde a criança tem que fazer “cobrinhas” e depois unir as pontas.

Outra sugestão é “brincar” de amassar e rasgar folhas de revista.

Outra atividade que os meninos e meninas gostam é amarrar o cadarço do boneco e da boneca. Esta atividade embora seja complexa e mais difícil para o deficiente visual executar, é muito importante para o seu desenvolvimento e também para a sua independência no que diz respeito a amarrar os próprios sapatos e tênis.

Há alguns materiais que podem ser adquiridos em papelarias, como, um palhaço ou cachorro, cujo corpo é formado por argolas para a criança montar ou jogos de encaixe com formas geométricas, onde a criança descobrirá como deverá encaixar cada peça através do tato.

Podem também ser feitas “esculturas” de massa de modelar ou com massa confeccionada com jornal molhado, deixado de molho de um dia para o outro, acrescentando farinha de trigo, misturando, amassando bem e depois deixando secar. Depois é só modelar as “esculturas”: bonecos, bichinhos e outros.

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