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Aprender com as Diferenças

Lucy Gruenwald Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo, Consultora, palestrante e instrutora autônoma na Área da Acessibilidade Web. Colaboradora da Rede SACI, palestrante convidada para o evento Usability Day - 2006,organizado pela UPA Brasil (Usability Professionals Association), Produziu o “Guia de Acessibilidade para Ambientes Web” para o portal do Poupa Tempo - SP , Participou do curso “Web Accessibility - Section 508”, Montgomery College, Washington, USA , 2003. Experiência profissional na área de informática, em diversos setores: universitário (USP), sistema bancário (BCN-Servel), fabricação de computadores (Digirede), Editorial (Revistas Técnicas) e Fazenda de genética bovina (Goiás).

Como Profissionais de Informática podem (e devem) dar a sua colaboração na Inclusão Digital
Aprender com as Diferenças

As páginas Web estão cada vez mais sofisticadas e complexas. São cada vez mais visuais (que os cegos não enxergam), cada vez mais barulhentas (que os surdos não ouvem), cada vez têm mais janelas pop-ups (que exigem esforços extras de pessoas com dificuldade motora), textos em movimentos (que pessoas disléxicas não conseguem acompanhar) sem falar naqueles menus com letras tão pequenas que o avanço da idade não nos deixa distinguir direito!

Cada vez mais as pessoas estão sendo convidadas a exercer sua cidadania consultando sites do governo que permitem, não só o conhecimento de leis e seus direitos, como também a obtenção de documentos. Mas,os sites governamentais apresentam tanto conteúdo que fica difícil, principalmente para pessoas de baixa escolaridade, conseguir situar-se neles.

Assim como engenheiros e arquitetos sabem que podem fazer a diferença construindo calçadas com guias rebaixadas e edifícios com rampas de acesso, os técnicos envolvidos na elaboração de páginas Web podem fazer a diferença se construírem sites acessíveis.
Sites acessíveis, segundo o documento Section 508 da Rehabilitation Act 1973- EUA, “são aqueles que podem ser usados e acessados por pessoas com deficiência tão efetivamente quanto por pessoas sem deficiência”.

Em 1999, o grupo de trabalho WAI - Web Acessibility Initiative, da W3C - World Wide Web Consortium, publicou o documento WCAG 1.0, contendo 65 pontos de verificação para sites acessíveis.

Algumas recomendações são de fácil implementação, mas outras, mais complexas, devem ser definidas na fase inicial do projeto do site.

E por que vemos tantos sites que não atendem aos requisitos mínimos de acessibilidade?
Simplesmente porque profissionais da Web desconhecem a importância destas recomendações e como Tecnologias Assistivas são usadas por pessoas com deficiência.

É preciso acabar com mitos como os de que dizem que sites acessíveis são caros e não compensam ou que limitam a criatividade do Web designer.

Acesso à informação é, antes de tudo, um direito de todo cidadão. Além disso, sites não acessíveis podem representar a perda de inúmeros clientes.

Portanto, o conhecimento das recomendações internacionais de acessibilidade na Web é um dever de todo profissional envolvido na criação de sites.

Fazendo sites acessíveis, os profissionais de páginas Web poderão, efetivamente dar sua contribuição à sociedade.

Sem a acessibilidade nos sites, a inclusão escolar, profissional ou a aquisição da cidadania podem ficar comprometidos, pois alunos e profissionais que não navegam nas Internets e Intranets serão cada vez menos competitivos.

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