Universo Escolar
Clínica Médica
O Clínico Geral é um remédio para muitos usos.
O esforço que fazemos para entender e preservar a saúde vem desde os primórdios da civilização, ainda na medicina hipocrática.
Foi quando o homem começou a desenvolver sua percepção e observar as doenças, seu aparecimento, desenvolvimento e relação com a natureza.
No começo, os tratamentos eram orientados por conhecimentos empíricos, que aos poucos evoluíram para compressas e infusões.
Com o passar do tempo, ervas e raízes transformaram-se em cápsulas e comprimidos.
Da mesma forma, os antigos médicos tornaram-se os especialistas de hoje, algumas vezes tão específicos quanto os medicamentos modernos.
A Ciência evoluiu, mas não desenvolveu o remédio único, capaz de curar todas as doenças.
Por isso devemos fazer renascer o espírito do médico generalista, capaz de tratar o paciente como um todo, sempre considerando as doenças do corpo e os males da alma.
Nós, que fazemos parte da Clínica Médica, somos cobrados constantemente. Todos querem saber por que não nos tornamos especialistas.
O senso comum pressupõe que o especialista sabe mais, quando na verdade ele está voltado para uma pequena parte do problema.
Assim, talvez a resposta a essa pergunta esteja na necessidade que temos de querer conhecer um pouco mais a natureza humana e suas relações com o meio.
Além disso, estamos abertos a utilizar tudo: das ervas aos comprimidos.
Com esse procedimento, podemos entender um pouco o modo como nossos colegas faziam no século passado e o que fazem os médicos de hoje, sempre com muita observação e critério.
Atualmente, estamos vivendo o aparecimento do Home Care, ou seja, está ressurgindo o antigo médico de família.
Ainda bem, pois há a necessidade urgente de resgatar a relação entre médico e paciente.
É preciso que um conheça o outro mais profundamente, para que haja maior confiança, mais respeito, e também para que o diagnóstico e o tratamento sejam corretos e eficazes.
Esperamos que num futuro próximo possamos cuidar de nossos pacientes observando não só seus padecimentos físicos, mas sua necessidade de crescimento interior, de encontro consigo mesmo.
É uma forma de irradiarmos nossa melhor energia, para fazer com que ela seja transformadora na vida de nossos semelhantes.
Quem sabe assim, um dia, possamos viver em um mundo de paz e aproximação entre as pessoas.
Com isso, nós, médicos, terapeutas, escritores, enfim, toda pessoa que invista em relações de troca, possamos ter a certeza de que cumprimos nosso objetivo nesta terra, nesta dimensão, nesta vida.