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Olhares de iniciante
Marilene A F.Borges

PUC/SP – Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo.
Professora Assistente do Curso de Pedagogia – UFT
marilene@uft.edu.br

Rei Arthur se dirigindo ao forasteiro:
“__Aqui todas as vidas são preciosas, mesmo a dos forasteiros. Se morrer, morra servindo algo maior que a si mesmo. Melhor ainda, viva... e sirva”.
Rei Arthur caminha até a porta, a guarda abre-a e adentrando a um salão imenso o Rei  diz:
“___Esta é a Távola Redonda. É aqui que o Conselho Supremo se reúne. Não tem cabeceira, nem ponta, todos são iguais, até o Rei”.
Lancelot debruça-se sobre a imensa mesa e lê a insígnia ali talhada “Servindo um ao outro, nos tornamos livres”.
O Rei então diz:
“___Essa é a filosofia de Camelot, não as pedras, madeiras, torres e palácios. Queimem tudo e Camelot continua. Por que vive dentro de nós. É uma crença que temos em nossos corações.”
Meio que forasteira queria conhecer melhor Camelot, digo a Interdisciplinaridade, um reino que se estendia para além das fronteiras, que não se circunscrevia aos limites de uma Universidade, de uma região, de um país.
Por onde andei, passei, ouvi dizer, tentei compreender, estudei sozinha, mas o que eu lia nem sempre correspondia à prática daqueles que se diziam iniciados. Queria mais. A interdisciplinaridade não podia ser só aquilo que via nas práticas ditas interdisciplinares; havia algo maior, que eu não entendia.


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