Planeta Literatura
Atlas Geográfico da Turma da Mônica
Para conhecer o mundo de uma forma divertida
Recentemente assistindo a um programa de televisão presenciei uma cena pra lá de inusitada: o apresentador tinha um mapa-múndi disponível bem no centro da cidade de São Paulo (área de grande movimentação de público na capital paulista) e perguntava a alguns transeuntes a localização de países que se classificaram para a Copa do Mundo.
A proposta do programa, por si só, não era tão diferenciada ou inédita a ponto de torná-la inusitada como mencionei no início desse artigo. O que tornou esse momento de televisão memorável foram as respostas dadas pelo público... Os Estados Unidos foram parar na Argentina, o Japão tornou-se a Austrália, e até a Alemanha (sede do evento) foi deslocada geograficamente para a Rússia.
O que pode ser encarado como cômico por parte de algumas pessoas é, na verdade, comprovação da baixa qualidade da educação brasileira. Noções básicas de geografia são apenas a ponta do iceberg das deficiências educacionais de nosso país... Resultados desastrosos em Matemática, Ciências, línguas, História e outras áreas do conhecimento compõem a tônica e expressam uma triste realidade...
E o que podemos e devemos fazer? Como podemos melhorar a qualidade da educação brasileira?
Aprendendo sobre o relevo com a Marina...
A princípio, deve-se fazer um esforço concentrado para que as séries iniciais do Ensino Fundamental e a própria Educação Infantil, sejam prioridade e tenham investimentos (de tempo, trabalho e dinheiro) que lhes permitam não apenas rever seus procedimentos (para melhorá-los e modernizá-los), mas também motivar e gerar autêntico gosto (satisfação, prazer, curiosidade) pelo conhecimento.
É imperativo, por exemplo, que a leitura seja muito incentivada e estimulada entre as crianças desde a mais tenra idade. Para que isso aconteça, os pais e os professores devem ler histórias para as crianças que ainda não foram alfabetizadas e propor leituras freqüentes e adequadas para os que estão sendo alfabetizados ou que passaram por esse processo recentemente.
Contos, fábulas, mitos, histórias curtas, quadrinhos ou qualquer outro tipo de material que motive a leitura entre as crianças pode ser utilizado. Nesse ínterim é interessante e importante que, aos poucos, com suavidade e carinho, também sejam propostas leituras relacionadas ao conhecimento científico. Há enciclopédias, dicionários e Atlas voltados ao público infantil que devem constar das bibliotecas escolares.
Preservando o meio ambiente com o Chico Bento
Esse é o caso, por exemplo, do Atlas Geográfico da Turma da Mônica, da editora FTD. A parceria dessa editora, devotada ao mercado educacional, com a “Maurício de Souza Produções”, traz aspectos, fatos, temas e tópicos relativos à Geografia ao público infantil de forma lúdica e instigante aos olhos das crianças.
Ao colocar a Mônica, o Cebolinha, a Magali ou o Cascão a acompanhar as crianças, página a página, numa viagem pelos continentes e seus relevos, culturas, hidrografia ou vegetação, o Atlas da Turma de Maurício de Souza faz um convite praticamente irresistível para os pequenos leitores.
Há uma interação real entre as crianças e o livro pela própria diagramação e editoração feitas no material que alia imagens dos personagens a mapas, fotos, ilustrações geográficas e a textos claros, concisos e adequados ao público a que se destina.
Existem dados sobre as diferentes vegetações (com fotos), recortes de relevo apresentados em desenhos, informações sobre o meio ambiente (com recomendações para a preservação do Planeta), reproduções das bandeiras de estados brasileiros e países (por continentes), mapas diversos,...
Conhecendo os continentes com a Mônica e o Cebolinha...
E tudo parece uma grande brincadeira... É um prazer para as crianças entrar página após página, a convite do Chico Bento ou da Mônica, atrás de informações sobre o mundo em que vivem...
Minha filha Thaís foi presenteada pelos avós com esse livro, que ela mesma escolhera numa visita a uma livraria. Ela tem nove anos e está na 3ª série. Ficou encantada com o livro (assim como seu irmão, João Vítor) e com a possibilidade de utilizá-lo para aprender e melhorar seu rendimento na escola.
Thaís protagonizou um interessante acontecimento relativo ao livro quando ainda folheava e lia suas primeiras páginas. Ela tinha feito prova de Geografia alguns dias antes de ganhar o Atlas e estudara muito, pois o tema era a Terra e sua formação.
Ao ler no livro que a Terra divide-se em camadas conhecidas como Crosta, Manto, Núcleo Interior e Núcleo Exterior ela imediatamente começou a reclamar para nós, os pais, que a professora havia lhe ensinado “coisas erradas” nas aulas de Geografia. Resolvemos, então, perguntar a ela qual teria sido o erro cometido pela professora.
Ela nos disse então que na escola aprendera que existia apenas um núcleo e não dois (interior e exterior) conforme vira no Atlas... Explicamos a ela que muito provavelmente seus livros sintetizavam a informação e que, em séries posteriores ela seria informada da existência dos dois núcleos da Terra...
Essa pequena história apenas ilustra a necessidade de fazer com que as crianças realmente passem a amar os livros e o conhecimento, entendendo-os como aliados em seu crescimento e desenvolvimento para o futuro.
É nesse sentido que damos destaque ao Atlas Geográfico da Turma da Mônica, da editora FTD em parceria com os estúdios “Maurício de Souza”. Garanto que, como eu, muitos adultos de repente vão querer aprender Geografia novamente...
Afinal, como dizia Monteiro Lobato, “um país se faz com homens e livros”, portanto nada melhor que começar cedo...