Carpe Diem
Lutar para encontrar a própria voz
Coluna Carpe Diem
Sr. Keating - Porque estou de pé aqui? Para me sentir mais alto que vocês? Eu estou em pé sobre a minha mesa para me lembrar que nós devemos constantemente nos forçar a olhar as coisas de forma diferente. O mundo me parece diferente daqui de cima. Se vocês não acreditam nisso, fiquem em pé aqui e experimentem. Todos vocês. Um de cada vez. Tentem nunca pensar sobre alguma coisa da mesma forma por duas vezes. Se você não tem certeza de alguma coisa, faça força para pensar sobre isso de um outro modo, mesmo que ache que está errado ou que é uma tolice. Quando você lê, não considere apenas o que o autor pensa, mas dê um tempo para considerar o que você pensa. Você tem que lutar para encontrar sua própria voz, meninos, e quanto mais você esperar para começar, menos chances você terá de encontrar o que procura. Thoreau disse, “a maioria dos homens vive a vida em um silencioso desespero.” E eu pergunto, porque nos resignamos e aceitamos isso? Arrisquem-se a andar em solo novo. Agora. Uma chama em seus corações poderia mudar o mundo, jovens. Nutram isso. (Trecho do roteiro original do filme Sociedade dos Poetas Mortos, do diretor Peter Weir e do roteirista Tom Schullman, premiado com o Oscar em 1989).
Carpe diem! O primeiro material desse novo espaço de reflexão aberto pelo portal Planeta Educação teria que trazer necessariamente uma referência direta ao título dado a essa nova coluna. Através da descrição de cenas de filmes, trechos de roteiros, letras de música, poesias completas ou parciais, partes de romances ou contos, peças teatrais ou outras produções culturais tentaremos incitar uma reflexão que motive os nossos visitantes a pensar a vida de uma outra forma, buscando mais alegria, simplicidade e realização.
O exemplo inicial, dado pelo célebre personagem vivido por Robin Williams, o professor de literatura inglesa, John Keating, dado a seus alunos numa clássica seqüência daquele grande sucesso do cinema demonstra que temos que rever nossos pontos de vista em muitas situações de nossa vida.
Na prática, tenta nos motivar a mudar o foco, alterar posicionamentos, repensar situações e contextos, buscar alternativas e não ficar simplesmente batendo sempre na mesma tecla, usando as mesmas fórmulas desgastadas e repetindo erros.
Ao subir numa mesa e modificar a forma como direcionava suas palavras aos alunos, Keating procurou motivá-los a ver sua própria sala de aula a partir de um outro prisma, percebendo elementos que eles ainda não haviam visto, sentindo diferentes nuances e se permitindo, a partir dessa atitude, a alçar vôos que nunca antes haviam sido realizados... Afinal de contas, é preciso superar nosso “silencioso desespero” e descobrir “nossas próprias vozes” para que o mundo não seja apenas diferente, mas principalmente melhor...