Planeta Literatura
Dicionário de Inglês da Turma da Mônica
Estimulando o encontro com a língua inglesa
Não é segredo para ninguém que a melhor fase para iniciar os estudos de língua estrangeira é a infância, mais especificamente o período que vai dos 7 aos 9 anos de idade, quando a criança já completou o período de alfabetização e está em franco processo de maturação da relação que está estabelecendo com as letras. É claro que isso não significa dizer que em outras faixas etárias a introdução do inglês, do espanhol ou de qualquer outra língua estrangeira não possa acontecer com sucesso.
Independentemente disso, antes mesmo de matricular seu filho numa escola de inglês ou espanhol, ou ainda de esperar que comecem as aulas de língua estrangeira na escola em que as crianças estão matriculadas é essencial estimular a curiosidade, o interesse e o gosto pelo estudo entre os pequenos. Isso pode acontecer de diversas maneiras, mas o caminho principal não pode deixar de ser a introdução ao conhecimento através dos livros.
Isso é válido para todas as áreas do conhecimento, inclusive para o estudo de línguas. No caso da língua falada no país onde as crianças nasceram esse estímulo acontece a partir da leitura de quadrinhos, fábulas, contos, livros criados especificamente para esse público ou ainda através da utilização dos materiais das outras disciplinas como apoio e retaguarda.
O mesmo não se dá com as línguas estrangeiras. A estrutura de apoio em países como o Brasil não é das mais eficientes nem mesmo para o estudo do português, imaginem então como é para o inglês ou para o espanhol. O mínimo que se deve fazer é requisitar que as bibliotecas escolares ou municipais tenham alguns livros que dêem suporte ao estudo dessas importantes línguas entre os pedidos regularmente realizados as editoras ou a seus mantenedores.
Lembrando sempre que tanto o inglês quanto o espanhol são línguas de grande utilização no mercado de trabalho e que, em virtude desse fato (entre outros que poderiam ser destacados, como a utilização do inglês como língua básica da Internet), teria que ter uma atenção maior por parte das pessoas que organizam os currículos educacionais e que organizam anualmente os planejamentos estratégicos da educação em nosso país.
Mas, voltando ao tema desse artigo, entre os livros básicos para a constituição de uma biblioteca de apoio que realmente estimule as crianças a aprender uma língua estrangeira está, necessariamente, um bom dicionário. E, no caso das crianças entre 5 e 10 anos, tem que ser um livro destinado especialmente a essa faixa etária.
Isso significa, na prática, que esse material tem que ser rico em ilustrações, de fácil identificação dos vocábulos, de manuseio constante (e por isso mesmo reforçado em sua formatação) e, de preferência, que possua um forte apelo entre a criançada.
Esse apelo no caso tem que ser concretizado a partir da utilização de elementos que tenham trânsito entre os pequenos. Nesse aspecto repousa o êxito do trabalho editado pela FTD em parceria com a Maurício de Souza produções que resultou no surgimento do Dicionário de Inglês da Turma da Mônica.
Não há, no Brasil, personagens tão populares e de tão grande aceitação entre as crianças como a Mônica, o Cebolinha, o Cascão, o Chico Bento, a Magali, o Franjinha e todos os outros personagens criados por Maurício de Souza. Essa empatia entre o público-alvo e esses personagens é decisiva para o sucesso de vários empreendimentos que apresentam a charmosa turma de Maurício.
Associar autênticos ícones da brasilidade como o Chico Bento ou a Mônica ao estudo do inglês é também uma grande e importante jogada de marketing no sentido de consolidação da necessidade de aprendizagem de línguas estrangeiras. Ao ver esses personagens reconhecendo elementos do cotidiano em português e em inglês, os pequenos estudantes percebem que esse movimento em direção ao aprendizado é essencial e importante para eles assim como para o Cebolinha, a Rosinha ou a Magali.
A riqueza é ainda maior se considerarmos que ao estruturar o dicionário dessa forma os editores tornaram a aprendizagem uma atividade extremamente lúdica, aproximada dos quadrinhos que compõem muitas gibitecas existentes em escolas ou bibliotecas municipais. Não há melhor forma de consolidar o amor pela leitura entre as crianças que a utilização das revistas em quadrinhos como “atalho” ou apoio.
Quando as crianças se interessam pelas revistinhas é claro que as cores, os personagens, os movimentos, as tramas e o próprio formato desse recurso os conquistam, mas não podemos deixar de reconhecer que os balões com diálogos também os fascinam. É um dos melhores e mais eficientes meios de aproximar nossos pequenos alunos das palavras e do conhecimento.
Uma forma de utilizar o dicionário em aula seria, por exemplo, aproveitar as próprias histórias em quadrinhos da Turma da Mônica e pedir aos alunos que reescrevessem os enredos utilizando as palavras aprendidas em aula ou pesquisadas no material de apoio. Para tanto é essencial que os professores de inglês que trabalham com alunos de 1ª a 4ª série escolham de preferência as tirinhas com poucos quadrinhos e que, com o amadurecimento das turmas, ampliem gradualmente essa prática inserindo histórias um pouco maiores.
No caso do “Dicionário da Turma da Mônica”, além do material ser ricamente ilustrado e de fácil consulta para qualquer criança que esteja cursando as séries iniciais do Ensino Fundamental, há ainda um adendo de especial importância, junto com o livro vem um CD com a pronúncia das palavras sendo apresentada pela conhecida voz da Mônica e de uma especialista em língua inglesa.
Isso permite que os professores que tiverem esse material a mão possam, com o auxílio de um CD player portátil, reforçar a compreensão das diferenças que existem entre os sons da língua portuguesa e da inglesa. Além da pronúncia dos próprios professores também acaba sendo possível que as crianças percebam pelo CD como são faladas as palavras que eles estão aprendendo a partir do dicionário.
Seria interessante que a FTD e a Maurício de Souza produções disponibilizassem também, para as escolas e professores, o livro no formato eletrônico ou como transparências, em uma pasta. Isso facilitaria muito a organização e o trabalho dos educadores em sua rotina de trabalho em sala de aula.
A utilização do dicionário com crianças que freqüentam as salas de educação infantil também pode ocorrer sem maiores problemas. Nesse caso seria necessária apenas uma adaptação do trabalho de forma que as imagens e palavras fossem introduzidas de forma extremamente gradual. Isso quer dizer que, se na 3ª série, por exemplo, os professores podem utilizar a formatação temática do dicionário para consolidar palavras sobre um determinado assunto (cores, trânsito, sala de aula, família, animais,...), no pré-primário esse trabalho não pode ser feito com grandes grupos de palavras (o aconselhável é que se introduzam de 3 a 5 novos vocábulos a cada semana ou quinzena).
De qualquer forma, vale destacar as qualidades desse ótimo material e ressaltar a necessidade das escolas, professores e mesmo dos pais estarem atentos e prontos a dar estímulos a aprendizagem de seus filhos desde a mais tenra idade. Esse apoio e dedicação nos primeiros anos escolares são decisivos para que nas séries posteriores as crianças tenham rendimentos destacados, maior participação, grande curiosidade e, o mais importante, vontade de aprender.
Isso vale tanto para a matemática, o português, as ciências, a história, a geografia e também para o inglês. Nesse aspecto, o “golden goal” do Dicionário de Inglês da Turma da Mônica não pode ser desperdiçado pois ele torna muito mais “light” o trabalho em aula e “interesting” tanto para as crianças quanto para os “teachers”...