Planeta Cultura
Conheça um pouco da Cultura do Vale do Paraíba
Vá ao Museu do Folclore
Moramos em uma cidade e não sabemos o que se passa no interior dela. Isso mesmo. Você já parou para pensar em todas as boas oportunidades de conhecer um pouco de cultura que sua cidade proporciona? E como isso pode contribuir para um convívio mais harmonioso com a sociedade e no aumento do seu bem estar?
Situado
no Parque Roberto Burle Marx, em São José dos
Campos, está o Museu
do Folclore
que traz para os joseenses de plantão e apreciadores da boa
história a Exposição
Traços de
Cultura.
A herança recebida de gerações
passadas que traduz o nosso patrimônio cultural é
um dos principais focos dessa exposição.
São José dos Campos, pólo
tecnológico, herdeira de diversos traços
aprendidos de outras culturas, convive harmoniosamente com a Cultura
Popular presente e manifestada em diversos momentos do nosso dia-a-dia.
Quando
falamos de Museu temos a idéia de coisas velhas, empoeiradas
e sem utilidade, ao contrário disso, o Museu do Folclore
através de seu acervo e dessa
Exposição mostra que não é
bem assim.
Criado para conservar, estudar, valorizar pelos mais diversos modos e,
sobretudo expor, para deleite e educação do
público, importantes acervos de interesse
artístico, histórico e técnico o Museu
do Folclore tem caráter didático e a
missão de transmitir informações para
as pessoas que vão visitar suas mostras.
“Informar
sobre a cultura. A intenção é de
entrar aqui e sair com uma minhoca na cabeça”,
afirmou Maria Ângela Piovesan Savastano, diretora do local.
Além de proporcionar um papel importante dentro do processo
de formação do Homem, o museu trabalha uma
excelente ferramenta nas mãos dos professores: a Cultura
Popular.
O educador usa a própria cultura da criança para
mostrar sua identidade. “E quando o aluno chega ao local tem
uma atenção específica voltada a ele -
explicação e visita acompanhada de um
representante, onde é passado todo o conceito
museológico do ambiente. Abrigamos muitas
informações, é um lugar de lazer,
estudos e preservação da cultura”,
ressalta Savastano.
Pensado e desenvolvido pela extinta Comissão de Folclore da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, o Museu do Folclore foi criado pelo Conselho Deliberativo daquela comissão em 1996 e inaugurado em dezembro de 1997 com verba da Lei Municipal de Incentivo Fiscal - LIF, Lei Complementar nº 094/93.
Em
1998 e 1999 voltou a se beneficiar desta lei ao receber uma nova
injeção de verbas para seu
aperfeiçoamento. Com esta verba foi possível
realizar a restauração de dois imóveis
cedidos pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo,
situados no parque Roberto Burle Marx, e a
aquisição de parte do equipamento e
mobiliário para a implantação de
biblioteca, laboratório de conservação
e restauração, reserva técnica, sala
de documentação e
administração.
Desde o início de suas atividades foram instaladas duas
exposições: a de longa
duração intitulada “Minha Cultura
Mostra Quem Sou”, onde foram trabalhados 5 complexos
culturais: lúdico, música, religiosidade,
arte/artesanato e culinária, e ainda a
instalação ciclos da vida que usam
peças produzidas por Eugênia, Mudinha e Lili,
figureiras joseenses.
Para Savastano, o conceito de Museu Vivo é firmado
através de seus projetos, “procura estimular no
visitante o sentimento e o desejo de apropriação
desse bem cultural que lhe é oferecido”, concluiu.
Parque
Criado em 1996, abrangendo uma área de 516.000 m2, o Parque era parte integrante da antiga Fazenda Parahyba, que foi a primeira indústria têxtil a instalar-se em São José dos Campos. No local, além do Museu do Folclore, encontramos também a casa da família Olívio Gomes e a Usina de Leite. Estes dois últimos prédios têm a assinatura do arquiteto Rino Levi e painéis decorativos de autoria de Roberto Burle Marx, que também foi o responsável pelo paisagismo.
Para relacionar a visita e um pouco da história da exposição, conheça as salas que podem ser conferidas e trabalhadas no Museu do Folclore:-
Sala
das Profissões
As profissões folclóricas são
aprendidas e exercidas espontaneamente, por
imitação e condicionamento inconsciente, podendo
ser urbanas ou rurais. O aprendizado se dá na
prática, vendo fazer, e na relação com
outros profissionais.
Tipos de trabalhos folclóricos documentados em
São José dos Campos e expostos: sapateiro,
retireiro, oleiro, amolador de facas, pescador, farinheiro e vendedor
ambulante.
Sala
Usos e Costumes
No dia-a-dia o homem cria ferramentas e utensílios para
atender as suas necessidades. Para restabelecer sua saúde,
utiliza remédios, poções e
até rezas. Para sua proteção,
lança mão de simpatias e amuletos. Esses
são alguns traços culturais espontâneos
que se referem à família, trabalho,
profissões e outros.
Sala de Arte e do Artesanato
A
arte folclórica é expressa através de
pinturas, de esculturas, nos acessórios
domésticos, nos utensílios caseiros, na
indumentária, nas rendas, nos bordados, dobraduras e em
tantas outras expressões. Sua função
é decorativa.
O
artesanato folclórico tem função
utilitária, como as cestarias, a tecelagem, a
cerâmica e as próprias ferramentas de trabalho do
artesão.
Sala
das Festas e Religiosidade
A
cultura está alicerçada nos fundamentos da
crença. Festas são um conjunto de
cerimônias e rituais de caráter comemorativo. Nas
manifestações de caráter religioso, o
homem brasileiro vivencia diversas crenças.
Sala do Lúdico
O lúdico no folclore é o momento da
socialização, do estreitamento dos
laços. A atividade lúdica espontânea,
de caráter desinteressado e está presente nos
jogos, brinquedos e brincadeiras de todas as comunidades, sejam urbanas
ou rurais. As brincadeiras são duradouras ou quase eternas,
como mostra a reprodução da obra do pintor
renascentista Pieter Bruegel, também exposta nesta sala.
Museu do Folclore
Parque da Cidade Roberto Burle Marx
Av. Olívio Gomes, s/nº - Santana
São José dos Campos-SP
Tel: (12) 3924-7302 / 3924-7354 / 3924-7300
e-mail: museufolclore@fccr.org.br
Horário
de Funcionamento
3ª a 5ª - 9h às 12h e 14h às 17h
Sábado e Domingo – 14h às 17h