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Filosofando

Silvana Garutti Coordenadora da Educação Infantil do Colégio Marista Arquidiocesano, de São Paulo.

Dia da família, celebração consoante com o nosso tempo
Silvana Garutti

educação infantil, qualidade de vida

Provavelmente você já deve ter ouvido falar em escolas que comemoram o Dia da Família ao invés de realizarem os clássicos Dias das Mães e dos Dias dos Pais. Já se perguntou por quê? Há vários motivos e, dentre eles, podemos citar crianças com pais separados, pequenos cujos responsáveis são os avós ou padrinhos ou ainda crianças com pais extremamente ocupados e que não conseguem uma brecha na agenda para comparecer a festas na escola, por exemplo. Mas o principal é criar um espaço para que toda a família possa estar junto, vivenciando as mais diferentes atividades num clima de união e aconchego.

Uma alternativa saudável para tal cenário foi instituir o Dia da Família em um fim de semana estratégico, próximo ao dia internacional da família (15 de maio). Trata-se de uma forma de acolhida na qual podem e devem participar todos os parentes envolvidos na vida escolar. É uma oportunidade de os responsáveis ‘respirarem’ os ares da escola, conhecerem mais a rotina dos pequenos que cursam desde a Educação Infantil até o 5° ano do Fundamental.

Há instituições de ensino que preparam um período inteiro com atividades diversas, contemplando inclusive apresentações musicais feitas pelos alunos, show com mágicos, apresentações circenses, oficinas (de desenho, de jogos, de músicas), contação de histórias, entre outras atrações. Trata-se de uma oportunidade de estreitar relacionamentos, inclusive com os docentes, funcionários da escola e outras famílias, além de reforçar a parceria família-escola tão importante para o crescimento saudável dos alunos. Muita brincadeira e muita alegria marcam a celebração.

Essa proposta tem tudo a ver com uma discussão que tem ocupado boa parte dos espaços da imprensa brasileira, pois a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) coloca como um dos eixos estruturais do documento a importância do brincar e das interações na educação infantil (especificamente para a faixa etária que compreende crianças de 0 a 6 anos).

O fato de o tema do brincar entrar em voga já é interessante, afinal a brincadeira colabora para o desenvolvimento integral dos pequenos, fazendo com que eles expressem melhor os seus sentimentos, emoções, conhecimentos, medos etc. Ao contrário do que alguns pensam, não se trata de “perda de tempo”, mas de uma ferramenta eficaz para a aquisição de linguagem, criatividade, cognição e compreensão do mundo. A brincadeira é a linguagem dos infantis e para os adultos uma excelente oportunidade de voltar nos bons tempos da infância com seus filhos.

Aproveitemos, então, cada minuto de brincadeira com as crianças. A família agradece. A escola agradece. O mundo agradece.



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