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A Semana - Opiniões

Evelyn Julia dos Anjos  Graduanda em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Instrutora Técnica do Programa Informática Educacional, em Lorena, São Paulo.

Diversidade cultural e educação
Evelyn Julia dos Anjos

ilustração formada por crianças em circulo de mãos dadas com cadeirantes

Embora caracterizados por nossa diversidade, em quesitos práticos, esta nem sempre é vista com bons olhos.

Nas relações sociais “ser diferente” em inúmeros casos é equivalente a ter “defeitos”, observa-se ainda que as vítimas cujo biótipo não se encaixe nos padrões impostos pela sociedade além de descriminadas tornam-se culpadas pelo seu estado, entre estas vítimas se encontram mulheres, negros, índios e homossexuais, que possuem seus direitos negados enquanto setores da sociedade que poderiam reverter este quadro permanecem na inércia.

Do ponto de vista cultural estas diferenças, de modo algum, deveriam ser consideradas motivos de discriminação, afinal a cultura não é um fenômeno individual e sim um fenômeno compartilhado pelos indivíduos de um grupo que compartilham visões de mundo semelhantes, atribuindo significados diferentes as coisas e passagens da vida. Porém, vale ressaltar que estes indivíduos não são iguais, possuem particularidades relacionadas ao gênero, raça/etnia, religião, orientação sexual, valores e outras diferenças determinadas a partir de suas histórias pessoais – o que nos remete ao fato de que julgar a cultura do outro a partir de padrões culturais próprios, desvalorizando-a, é extremamente prejudicial a pratica de relações saudáveis entre os indivíduos.

Considerando estes fatores, é de fundamental importância promover o respeito às escolhas e convicções dos outros, e preservar direitos relacionados à diversidade física, o direto de comportamento e de valores, sem que a dignidade humana torne-se ameaçada. A escola não esta isenta desta responsabilidade, pois é um espaço de formação para o exercício da cidadania.

É preciso educar para valorização da diversidade, deste modo a escola se constituirá num importante instrumento de transformação e combate a discriminação e preconceito.

Mas e quanto ao papel do professor? De acordo com o PCN “(...) É necessário que o professor possa reconhecer os valores que regem seus próprios comportamentos e orientam sua visão de mundo, assim como reconhecer a legitimidade de valores e comportamentos diversos dos seus. Sua postura deve ser pluralista e democrática, o que cria condições mais favoráveis para o esclarecimento e a informação sem imposição de valores particulares” (MEC, 2000, p.153).

O docente, como qualquer ser humano, possui valores que orientam suas ações e visão de mundo, como sujeitos históricos carregam suas próprias percepções e manifestações de identidade, por isso, é necessário autoavaliar-se criticamente para respeitar o outro. Deste modo é possível atuar de forma pluralista e democrática, evitando o terrível erro da ação preconceituosa e de imposição de valores.


Material de apoio:

Gênero e diversidade na escola. Disponível em: Clique aqui Acesso em: 21 Mar. 2016.



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