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Pedagogia do Incluir

Natália Cortelli Graduada em Pedagogia, pós graduada em Psicopedagogia, formada em estimulação tátil pela Skola För Beröring (Suécia), Coordenadora de Produtos Educacionais na Vitae Brasil e Consultora Educacional em Inclusão Escolar de crianças com deficiência.

5 Dicas para Inclusão Escolar de Crianças com Síndrome de Down
Natália Cortelli

garoto com síndrome de down brincando com bolas de sabão

Hoje, dia 21 de março, foi decretado o Dia Internacional da Síndrome de Down, data escolhida por remeter à trissomia do cromossomo 21, (três cromossomos número 21), por isto a data (21/03)

Os seres humanos têm 46 cromossomos, Entretanto, as pessoas com Síndrome de Down têm um cromossomo a mais, As características mais relevantes são: olhos amendoados, hipotonia muscular, achatamento da parte de trás da cabeça e baixa estatura. Qualquer pessoa pode nascer com esta síndrome e isto ocorre por um acidente genético no momento da concepção em 95% dos casos.

No Brasil, estima-se que 300 mil pessoas têm a Síndrome e que, dentre elas, 30 mil estejam no estado de São Paulo.

Quando é chegada a hora de iniciar os estudos, a família e a escola encontram um grande desafio. Conheça 5 dicas que o auxiliarão no processo de inclusão:

1- Conheça o aluno:

Entender sobre a síndrome é muito importante para espantar o preconceito e saber como lidar da maneira correta. Porém, antes de conhecer sobre a síndrome, procure conhecer sobre a criança, sobre seus gostos, os momentos que a irritam, suas dificuldades. É importante lembrar que, antes da síndrome, existe um aluno, que possui características únicas dentro de sua personalidade, que independem da deficiência que possui.

2- Estimule a aprendizagem

Toda criança é capaz de aprender. Talvez as expectativas que são depositadas sejam altas demais, não permitindo que veja os ganhos positivos obtidos pelo aluno. Embora na maioria dos casos esses alunos apresentem deficiências intelectuais e dificuldade de aprendizado, eles são pessoas capazes de estabelecer boa comunicação, o que é importantíssimo na troca do ensino-aprendizagem. É importante ressaltar que mesmo não existindo cura, a qualidade de vida está proporcionalmente relacionada ao estímulo dado a essas crianças durante a infância.

3- Incentive a socialização

A socialização é importante para a troca de experiências e será benéfica tanto para o aluno com Síndrome de Down como para as outras crianças, pois aprenderão de forma mútua a respeitar, a conhecer e a entender, fazendo com que se tornem adultos conscientes e menos preconceituosos.

4- Utilize rotina visual

Os alunos que possuem dificuldades de aprendizagem, segundo a neurociência, compreendem melhor quando são estimulados visualmente. Por isso, utilize a rotina visual, pois isto fará com que seu aluno fique menos ansioso quanto às próximas atividades, o ajudará a compreender a passagem do tempo, entender a noção de sequenciamento e aceitar combinados.

5- Acredite

Todo individuo, dentro de suas limitações, é capaz de aprender. As pessoas com Síndrome de Down também almejam um futuro melhor, possuem sonhos e algumas delas chegam a terminar um curso de graduação. Acredite em seu aluno no quanto ele é capaz, pois talvez o educador seja a credibilidade que ele precise para alcançar o que almeja.



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