Alunos
Férias escolares e pouco dinheiro no bolso... O que fazer?
João Luís de Almeida Machado
As férias chegaram e a crise apertou os cintos em casa, o que fazer para divertir os filhos sem gastar muito?
Há opções de diversão que não custam nada ou cujos ingressos são bem baratos, é preciso apenas se organizar, fazer algumas pesquisas na internet, verificar locais que oferecem estes passeios, shows e atividades e levar a turma para aproveitar.
A primeira e mais importante dica é, no entanto, que você não deixe os filhos o dia inteiro em casa. As babás eletrônicas, tanto a antiga, a televisão, quanto a nova, a internet, não podem responder pela demanda de diversão de crianças e adolescentes. É preciso movimentar a galera, oferecendo atividades ao ar livre ou em espaços culturais nos quais mexam os músculos e mobilizem seus neurônicos.
Verifique, por exemplo, se em sua cidade a prefeitura ou alguma instituição oferece atividades esportivas, jogos, gincanas ou eventos culturais que sejam interessantes para a faixa etária de seus filhos.
Há, por exemplo, muitas atrações oferecidas no SESC ou por Fundações Culturais ligadas as Secretarias de Cultura ou mesmo de Educação dos municípios. Nestas instituições são comuns brincadeiras tradicionais que já não são tão conhecidas das crianças da geração digital, como amarelinha, pular corda, jogar pião, brincar de esconde-esconde ou pega-pega...
Além disso as crianças e adolescentes se reúnem e formam novas amizades, tudo isso monitorado por instrutores, professores e voluntários que orientam, acompanham e também se divertem juntamente aos grupos formados
As brincadeiras e jogos ocorrem em quadras, praças, jardins ou mesmo em escolas e, além do aspecto lúdico, muitas vezes focam no cultural também, dando acesso a bibliotecas, peças de teatro, filmes, gibitecas, músicas, contação de histórias... Diversão garantida com custo zero ou baixíssimo!
E se na minha cidade não existirem grupos ou instituições que oferecem estas atividades? O que fazer?
Nada impede você e amigos de organizar, por conta própria, momentos de diversão semelhantes, como passeios de bicicleta, piqueniques, corrida de saco na praça do seu bairro...
Atividades em casa, focadas em trabalhos manuais são igualmente boa dose de diversão que tem baixo custo. Oficinas de trabalho com pintura, desenho, bricolagem, cola e papel, montagem de pipas sempre divertiram muito as crianças.
Projetos na cozinha, ensinando a preparar algumas receitas, trabalhando o passo a passo da organização necessária para se fazer um bolo, por exemplo, tem vários ensinamentos e igualmente significam prazer, além de claro, estreitar os laços familiares.
Recuperar jogos que as crianças e adolescentes não conhecem ou usam mais, como Detetive, Banco Imobiliário, War, Trunfo ou Imagem e Ação unem os participantes, exigem estratégia, despertam o sentido da competição e, acompanhados de alguns comes e bebes são ótimo passatempo para dias nublados ou de dinheiro curto no bolso.
Organizar jogos de futebol, vôlei ou basquete envolvendo as crianças ou adolescentes, buscando apoio de outras famílias ou de parentes, como torneios entre times de bairros, prédios ou condomínios, por exemplo, com direito a juiz, regras, técnicos, troféus e medalhas pode envolver muita gente e gerar uma grande confraternização, além de fazer com que os meninos e meninas pratiquem esporte.
Torneios de jogos como tênis de mesa, baralho ou videogames também podem ser, igualmente, divertidos para organizar no seu prédio, bairro ou vizinhança. Reúna outros pais, converse sobre isso com eles, tente organizar ações que revertam em prol das crianças e adolescentes. Falta a elas uma maior participação da família em seu entretenimento e isso, além de lhes oferecer práticas regulares saudáveis, divertidas, engraçadas e que alimentam seus cérebros, ainda servem para aproximar dos pais, irmãos, primos, amigos, vizinhos ou mesmo conhecer outras pessoas.
Se tiver alguma verba para gastar e quiser organizar uma ida ao cinema, cujos preços aumentaram e em alguns casos ficaram proibitivos para quem quer levar 4 ou 5 pessoas para ver um filme, procure horários em que os ingressos estão mais baratos. É comum que as grandes redes de cinema tenham dias de menor fluxo nos quais, para aumentar a frequência diminuem os custos dos ingressos em até 50%. Levar as crianças e os adolescentes para ver um filme antes das 15 horas em algumas redes também rende um bom desconto.
Para não gastar tanto é aconselhável, no caso de programar um cineminha, que levem algumas guloseimas de casa ou que se prepare um bom almoço ou lanche para evitar a pipoca, cujos preços nos cinemas é para lá de salgado!
Nas grandes cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, uma boa opção de passeio são os museus. Muitos deles têm dias com descontos especiais ou então com entrada franca. Consulte a programação, veja quais são os dias em que os custos são menores ou em que não se paga para entrar e leve seus filhos até lá.
Há também programas regionais interessantes, como por exemplo, no estado de São Paulo, o evento Revelando São Paulo, que traz shows, comida típica regional, artesanato e a oportunidade de conhecer mais sobre as raízes paulistas. Ótima opção para quem é do estado ou para quem visita parentes que moram em São Paulo.
O importante, nisso tudo, é movimentar meninos e meninas, tirá-los da TV, do computador e dos smartphones e tablets, fazer com que conheçam outras pessoas, fazendo novas amizades, indo a lugares diferentes, praticando esportes, jogando ou tendo acesso a produções culturais que não conheciam antes. E, o melhor, gastando pouco nestes tempos de crise e dinheiro escasso!
# Artigo: Férias de Julho: Realmente necessária?