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Ensino de Línguas

Priscilla Lucena Professora de inglês de crianças e adolescentes e coordenadora pedagógica. Formada em Letras e pós graduada em metodologia do ensino de língua inglesa. contato@madeforteachers.com.br.

11 Erros cometidos por professores de inglês que lecionam para crianças
Priscilla Lucena

11 Erros cometidos por professores de inglês que lecionam para crianças


Não dar exemplos práticos, dar a resposta correta de um exercício sem fazer o aluno pensar e exigir pouco de seus estudantes podem ser alguns dos erros mais comuns na hora de ensinar inglês para um grupo.


Pensando nisso, a professora de inglês Priscilla Lucena reuniu em seu site Made for Teachers os principais erros cometidos por estes educadores que lecionam para crianças. Confira:


1) Falar Português e Inglês durante a aula

Os alunos precisam de input, se o professor misturar as duas línguas não estará contribuindo para um ensino de qualidade. A aprendizagem da língua envolve a descoberta inconsciente da gramática, ritmo da língua, pronúncia, entonação e também a brincadeira com a linguagem. A linguagem não-verbal também permeia o ensino/aprendizagem de uma segunda língua. Se o aluno não for exposto a situações em que precise inferir significados, correrá o risco de não se tornar um falante fluente da língua.

2) Exigir do aluno menos do que ele é capaz de produzir

Se perguntar: “What’s your favorite color?”, por exemplo, não aceite como resposta: “Blue”. Se perguntar “Do you like apples?”, não aceite como resposta: “Yes”. Exija mais: “My favorite color is purple”,” Yes, I do”. Tente estabelecer uma comunicação monossilábica e perceberá que é impossível manter uma conversa prazerosa. Quando respondemos de forma monossilábica, emitimos sinal de desinteresse, monotonia. Portanto, não se contente com respostas curtas. Provoque, ajude, instigue.

3) Ensinar gramática explicitamente

Quando aprendemos a falar nossa língua nativa, não nos perguntamos se estamos falando no passado, presente, futuro. Mas sabemos usar, por vezes cometemos erros. Mas ninguém senta conosco e explica: Você está falando no pretérito mais que perfeito. Então não faça isso com seus alunos pequenos. Ensine, mas não dê nome aos bois.

4) Infantilizar a linguagem e o conteúdo

Se trabalhamos com crianças, devemos escolher temas e tópicos apropriados para faixa etária. Porém, isso não quer dizer que devemos escolher materiais pobres, estereotipados e irreais. Por que finalizar um projeto de animais, por exemplo, com máscaras em que cada um pergunte: “hello, what’s your name? – I’m a monkey?”. Quem já viu um macaco falar, levante a mão. Diferente se você trabalhar e dramatizar uma fábula. A situação aqui é outra. Mas por que pedir para que o aluno realize uma atividade que nunca será possível se tornar realidade? Planeje atividades significativas e contextualizadas. Procure figuras reais.

5) Dar instruções longas e não exemplificar ou servir de modelo

Se você falar muito rápido, o aluno vai se perder. Divida as instruções em partes e sempre que possível, faça junto com os alunos.

6) Atividades de colorir

Quanto mais atividades de colorir você der, mais tempo estará perdendo em sala de aula. Há atividades de colorir que podem ser utilizadas para trabalhar Listening e Reading. Estas atividades são consideradas adequadas pois verificam se o aluno consegue identificar, reconhecer determinado conteúdo. Agora, se você trouxer uma folha para o aluno única e exclusivamente pintar o elephant, por exemplo e repetir atividades assim o tempo inteiro, o aluno falará português o tempo todo, você estará enganando a si mesmo, seus alunos e instituição em que trabalha pois estará proporcionando uma atividade vazia e sem objetivo comunicativo algum. Cuidado.

7) Não ler

Como posso querer alunos proficientes em leitura se eu mesma não for uma leitora? Como posso querer desenvolver leitores críticos e despertar o hábito da leitura em meus alunos se eu mesma não ler? Professores leitores tem um ótimo repertório de material para levar para sala de aula. Ideias para trabalhar com livros ou qualquer outro material impresso nunca irão faltar. Portanto, leia em inglês.

8) Não trazer gêneros textuais diferentes para sala de aula e materiais que sejam reais

Se você se limita ao material didático adotado estará empobrecendo suas aulas. Há alunos que não sabem ler um menu em inglês quando viajam para fora. E de quem é a culpa? Nossa! Mesmo com alunos não alfabetizados. Leve para que se familiarizem com o formato, explorem, estejam expostos ao mundo impresso. E quando já alfabetizados em inglês, sempre leve materiais reais para que possam analisar, comparar, discutir.

9) Achar que só saber inglês é suficiente para lecionar

Se você optou por ser professor de inglês ou qualquer outra matéria, fará muito mais que dar aula na matéria que você se especializou. Esse é um dos motivos pelos quais a palavra professor está sendo substituída por educador. Leia textos, matérias e livros de didática, pedagogia, materiais na área de humanas. Esteja atualizado, procure estudar metodologias, abordagens pedagógicas, a história da educação. Pesquise o que acontece em termos de educação pelo mundo. Esteja antenado.

10) Dar a resposta correta imediatamente

Deixe o seu aluno chegar a resposta correta. Ajude, auxilie, aponte que há algo diferente mas deixe que ele chegue ao resultado esperado. Se ele escreve baike, por exemplo, e você o tempo inteiro corrige sem ajudá-lo, dar mais exemplos de spelling patterns, como você espera que esse problema seja resolvido? Muitos alunos quando olham a sua correção do exercício, vão direto contar a quantidade de erros e acertos e não verão o que erraram para não cometer o mesmo erro. Faça diferente. Sinalize que há algo a se pensar, ajude o aluno a chegar no caminho, mas não dê a resposta certa.

11) Não acessar o site do Made for Teachers!


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