Daniele Vilela Leite Coordenadora Educacional na empresa Planneta; Formada em Serviço Social pela Univap; Larga experiência em trabalhos relacionados à Educação.
Belezas da Cultura Brasileira
Características e Reflexões
“A grama da casa do vizinho” nem sempre precisa ser
a mais verde. Aqui no Brasil, há diversas paisagens de
deixar qualquer um boquiaberto quando o assunto é beleza
natural. Nosso povo é receptivo, e há sim muita
gente “do bem” em nosso meio. Além
disso, quem passa algum tempo no exterior não pode fingir
não sentir saudade do nosso chão.
Gente nossa que passa bom tempo viajando ainda destaca qualidades que,
às vezes, não damos muita
atenção. Há exemplos simples que fazem
toda a diferença para quem deseja valorizar o lugar em que
nasceu, foi criado e que, possivelmente, criará seus filhos.
Recentemente, uma matéria de uma escritora holandesa foi
difundida nas Redes Sociais brasileiras, a qual destaca alguns
atributos específicos de nossa amada cultura. As palavras
dessa escritora, cujo nome não foi divulgado, fazem-nos
refletir sobre as maravilhas de viver por aqui.
Entre os destaques que a referida matéria ressaltou,
há o fato de que lavar as mãos antes de comer,
esqueça, não acontece em países como
Estados Unidos e Europa, nos quais as pessoas não se
importam nem ao menos em isolar um alimento com papel ao
manuseá-lo.
Se algum atendente de uma padaria, feira ou açougue ousar
pegar em dinheiro e, sem higienizar as mãos, pegar
também em nossos alimentos, o mais provável
é que nunca mais apareçamos por lá,
mas essa prática é tida como perfeitamente
natural entre os europeus.
Em Londres, ainda de acordo com a matéria, existe um lugar
famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de
jornal e, pasme, há fila na porta. Ainda na bela Europa,
não fumante é minoria e, por isso, não
se arrisque em pedir mesa de não fumante, pois elas,
simplesmente, não existem, dado que fumam até
mesmo em elevador...
A escritora holandesa, que, infelizmente, não teve o nome
citado na matéria disposta em nossas Redes Sociais, ainda
comenta: "Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil,
realmente parece que é um vício falar mal do
Brasil...”.
Tudo isso nos faz refletir sobre o quanto gastamos de tempo para
efetuar críticas e reclamações sobre o
nosso povo, a nossa cultura, o nosso país! Quantas vezes
durante o dia diante de algo que não “saiu como
gostaríamos” pensamos que não deu certo?
Focamos tanto nos aspectos negativos veiculados pela mídia e
nas dificuldades que podem acontecer durante as
realizações de tarefas, que esquecemos ou,
até mesmo, não percebemos as coisas boas que
acontecem em nosso redor, o que nos faz deixar de prestigiar e viver os
bons momentos!
A vida, por si só, é complexa, há
muitos afazeres, correria, horários a cumprir,
além dos inúmeros trabalhos que temos que
realizar num pequeno espaço de tempo, tais como levar e
buscar as crianças da escola, aula de inglês,
academia, yoga...
Ufa! São tantas as nossas
preocupações, pois o tempo todo somos
pressionados a cumprir horários, dar conta das
obrigações e estar com tudo em dia. É
tanta coisa junta que não nos permitimos desfrutar de
momentos simples e felizes!
Logo pela manhã, já acordamos pensando em tudo o
que temos para fazer durante o dia e, ainda antes de clarear,
já nos enchemos de angústias ao pensar que,
talvez, o tempo seja insuficiente para tudo. Mas, cá entre
nós, quantas vezes, ao acordar, agradecemos a Deus por mais
um dia de vida? Quantas vezes, ao abrirmos a janela pela
manhã, olhamos para o céu e contemplamos o sol
que brilha ou a chuva que cai?
Responda para você mesmo: No trajeto para o trabalho, a
quantas pessoas você deseja um bom-dia? Não
é desculpa dizer “eu não o
conheço!”, pois não precisamos conhecer
o motorista e nem o cobrador do ônibus, por exemplo, para
cumprimentá-los de modo educado e sincero.
De modo semelhante, não é preciso ser amigo de
infância do porteiro do prédio, do rapaz que
está varrendo a rua ou até mesmo de
alguém que esteja passeando com o cachorro para,
simplesmente, os cumprimentar.
Isso faz muito bem para quem ouve, mas é melhor ainda para
quem fala, para quem se liberta do egoísmo e olha para o
lado!
Contudo, o que vemos é a escassez de palavras
mágicas como “por favor, com licença e
obrigado”. Estamos nos esquecendo de ser
agradáveis com as outras pessoas, aliás,
não só agradáveis, mas, como
já frisado anteriormente, educados.
Lembre-se: Gentileza Gera Gentileza! Vamos desacelerar nossa ansiedade,
realizar nossas tarefas com mais amor e dedicação
e pensar no próximo não como “mais
um”, mas como pessoas que possuem sentimentos e gostam de ser
bem-tratadas, assim como nós também gostamos!