Planeta Educação

Assaltaram a Gramática

Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

Hífen em Atividades Profissionais
Esclarecimentos da Academia Brasileira de Letras

É fato que as Novas Regras de Ortografia quanto ao uso ou não do hífen esclareceram muitos pontos acerca desse sinal gráfico.

Antes dessa Reforma, que entrará mais efetivamente em vigor a partir do próximo ano, a compreensão das regras do hífen era ainda mais complexa.

Conteúdos na Internet, um dos meios mais rápidos e eficazes para se chegar a um determinado conhecimento, tentam esclarecer os mistérios acerca desse aspecto essencial da língua portuguesa escrita.

Uma das grandes importâncias do estudo detalhado do hífen se comprova pelo fato de seu uso alterar a carga de significado de várias expressões.

Exemplo disso é quando fazemos referência ao “cachorro-quente”. Sem esse sinal gráfico, estaríamos nos referindo, no máximo, a um cachorro com calor ou algo do tipo.

Um dos pontos que mais causam dúvidas naqueles que desejam escrever com mais clareza ortográfica (apenas ortográfica, dado que muitos significados são atingidos pela análise do contexto) faz referência ao hífen em nomes de profissões, ou melhor, em cargos e funções profissionais.

Para contribuirmos com a clareza dessa importantíssima característica da língua portuguesa, vamos entender alguns aspectos.

Faremos referências às regras da equipe de Lexicografia da ABL (Academia Brasileira de Letras), dado que não há grandes números de materiais que tratam desse assunto específico, ou seja, do emprego do hífen em palavras do vocabulário profissional.

Usa-se o hífen quando no composto (duas palavras que, juntas, têm apenas um significado) houver duas atividades de áreas diferentes.

Como exemplo, pense na palavra “engenheiro-agrônomo”.

Como as áreas de engenharia e agronomia são diferentes, mas deseja-se que o leitor entenda que se trata de duas atividades como funções de um mesmo profissional, faz-se uso, então, do hífen.

Quando o 2º elemento das duas palavras que formam o composto denota seriação ou hierarquia, o hífen também é utilizado.

Para melhorarmos essa compreensão, considere agora as palavras “secretário-geral” e “diretor-executivo”, pois, diferente do caso anterior, essas expressões são utilizadas apenas como seriação.

Essas regras foram divulgadas pela Academia Brasileira de Letras e, por isso, podem ser consideradas para estudo e reflexão.

Agora, quando o 2º elemento do composto denotar os diversos graus de uma carreira, o hífen não será usado.

Como exemplos mais apropriados ao nosso ramo profissional, pense nas palavras “professor assistente”, “professor adjunto”, “professor titular” etc.

Fonte do Conteúdo: ABL (Academia Brasileira de Letras).

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