Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br
Um Lugar de Proteção
A Família como Responsável pela Segurança Emocional de seus Filhos
Nossa família necessita de proteção,
cuidado, zelo, comprometimento e amor.
Ao abrir o portão de casa, numerosos são os
convites que, fantasiados, desejam ver nossos filhos prostrados e
à margem de tudo o que é bom e ideal para se
viver.
Essas investidas, ao envolverem uma criança em pensamentos
impróprios, comprometem seu modo de ser e de agir durante
seus próximos anos de vida, impactando todos à
sua volta.
O mais grave de tudo isso é que essas
ações podem passar despercebidas até
mesmo aos olhos da própria família.
Muitas vezes, elas acontecem sem permitir
condições de identificação
ao meio familiar, oportunamente considerado o principal agente
responsável pela proteção da
criança, do adolescente e do jovem.
Ideias de revolta e quebras de paradigmas podem se tornar fatores que
causam imensos e (às vezes) irreparáveis
prejuízos às escolhas de vida de nossos filhos.
Nossa casa, contudo, precisa assumir seu papel de lar, ou seja, de um
lugar forte que foi construído sobre bases
sólidas, diariamente fortificadas pela palavra, conselho e
cuidado.
Ao voltarem para a casa, nossos filhos precisam ver contrastados os
maus conselhos que presenciaram diante de companhias nem sempre
bem-vindas.
Eles necessitam de correção sadia, madura e
consciente, de modo que tenham recursos para optar entre o bom e o mau
caminho.
A presença da família em 100% do tempo
é praticamente impossível, mas não
é desculpa válida para a ausência de
conselhos e palavras de despertamento.
É perfeitamente possível que pais que trabalham
longas horas fora do lar tenham impactos positivos e significativos na
vida de seus filhos.
Dentro de casa, eles se ocupam menos com a
administração física do ambiente,
dando maior atenção à respectiva
família, ou seja, àquilo que diariamente sofre
intervenções negativas lá do lado de
fora.
Telefones durante o dia, mensagens no celular ou até mesmo
nas Redes Sociais são boas alternativas a essas
famílias que não negam aos seus filhos o que eles
mais precisam dela, ou seja, a assistência emocional a
qualquer tempo.
Suas abordagens levam em consideração os mais
diferentes assuntos, pois sabem que não há o
menor limite para que quaisquer temas sejam discutidos entre os grupos
de “amigos” de seus filhos.
Exemplos assim mostram que é sim possível que a
família esteja preparada para enfrentar quaisquer
conteúdos abordados pelas crianças e jovens de
nossa geração.
Essas intervenções, no entanto, necessitam ser
sábias, pois o lado mau deste mundo quer tirar do seio
familiar o direito de interferir na vida dos próprios filhos.
Um lugar sadio para se habitar, contudo, é desejo,
necessidade e direito de nossas crianças, adolescentes e
jovens.
Cabe à família
revestir-se de força e
envolver seus filhos em laços de companheirismo, amor e,
enfim, segurança.