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Ensino Fundamental e Médio: A Receita Pedagógica na Formação do Cidadão
Marcos Schneider

Atualmente, os questionamentos sobre a problemática do Ensino Fundamental e Médio na Rede Pública do país vem se intensificando, envolvendo diretamente políticos, legisladores, empresários, família e, principalmente, educadores.

Não se trata de uma discussão nova, porém nestes últimos anos ganhou importância e relevância devido à repercussão negativa através dos vários meios de comunicação.

Infelizmente, os dirigentes políticos (eleitos através do voto) se alegram diante do crescimento anual do número de matrículas nas escolas públicas, mas se abstém socialmente diante da fraca e inexperiente escolarização deste público.

Isso ocorre mesmo sabendo-se que, a cada ano, esse público reflete na falta de perspectiva futura, baixa qualidade educacional, pífia formação de mão de obra, resultando hoje no cenário mundial, dado que somos hoje um país com bom desenvolvimento econômico primário, mas com uma instável e insegura continuidade na formação profissional qualitativa.

Na atual realidade educacional brasileira, a proposta de uma política centrada na recuperação do ensino fundamental e médio, não só profissionalizante, mas também educadora e formadora de opinião, não significa abandonar os milhares de jovens, os quais são forçados a entrar cedo no Mercado de Trabalho todo ano.

Pelo contrário, é sempre a oportunidade de lembrar que a iniciativa é muito sensível e oportuna na atual realidade de Mercado hoje sugerido.

Ao Estado (Federação), compete supervisionar, controlar, valorizar e legislar iniciativas de recuperação das várias esferas educacionais hoje propostas no país (fundamental, médio e superior, educação de jovens e adultos, etc.).

Isso porque sua principal tarefa educacional é oferecer uma educação inovadora e de grande qualidade intelectual universal.

Afinal, se a sociedade política não cuidar e priorizar a educação pública oferecida, a sociedade civil jamais dará o valor necessário no que diz respeito a crescimento intelectual deste país.

Para conseguir esse objetivo, o Estado precisa fiscalizar e priorizar políticas públicas qualitativas de ensino e de formação de educadores responsáveis.

Por isso, é obrigação do Estado possibilitar ao aluno um Ensino Fundamental e Médio rico recursos didáticos, nos quais se busque o aperfeiçoamento e priorize o intelecto do aluno.

A responsabilidade do Educador em realmente fazer a diferença a cada dia no refinamento do conhecimento do aluno é a outra ponta de uma educação futurista e qualitativa.

É extremamente importante lembrar que não devemos apenas direcionar a responsabilidade ao poder público e aos educadores. O incentivo e a “obrigatoriedade natural” de condução e acompanhamento do aluno pelo núcleo familiar são fundamentais ao desenvolvimento e aprimoramento do conhecimento e intelecto do futuro profissional e, principalmente, cidadão formador de opinião e caráter.

O Ensino “Fundamental e Médio”, Público, Básico e Qualitativo proposto não é oneroso financeiramente.

Onerosos serão os prejuízos causados pela falta de capital cultural, social e econômico hoje expostos pela desvalorização educacional, apontados pelo poder público e julgados, principalmente, por educadores e sociedade brasileira.

Marcos Schneider é Geógrafo, especialista em Geoprocessamento e Geografia Ambiental e professor de Geografia da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná.

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