Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br
O Preço do Amanhã
O Cinema para Reflexão Social
Quer uma ótima oportunidade para abordar de forma
inteligente e eficaz questões sobre desigualdade social e
tantos outros assuntos de relevâncias afins?
“O Preço do Amanhã”
é essa oportunidade para você que é
professor, pai, aluno, filho ou qualquer outra pessoa que
não se contenta com as “verdades”
tão manipuladas hoje em dia.
No filme dirigido por Andrew Niccol, Justin Timberlake dá
vida a Will Salas, um morador de periferia que, ao descobrir um esquema
que ele e toda a população pobre estavam
sofrendo, sai em busca de justiça social com iguais
oportunidades para todos.
Um gesto bonito e nobre? Sim, certamente, mas o
“Preço do Amanhã” levanta
questões muito sérias e atuais para o nosso mundo
que hoje conta com tantas e tantas pessoas.
Se ninguém morrer, se nenhuma família tiver que
passar pela dor irreparável de perder alguém
tão querido, se nenhuma mãe tiver que chorar a
morte de seus filhos, se um filho nunca tiver que se desesperar pela
morte de seu pai... Ora, haveria lugar para todo mundo?
Será que a longevidade é tão
interessante assim para o nosso mundo? Será que o sistema de
saúde pública é tão ruim
por razões muito superiores ao que nos são
apresentadas? Será que as guerras que ceifam tantas vidas
inocentes são perpetuadas por razões muito
além da simples intolerância racial?
O filme trata essas questões de forma bastante clara e
simples: para os ricos viverem eternamente, os pobres terão
que morrer muito cedo.
Ao completarem 25 anos, todas as pessoas acordam com uma
espécie de relógio e passam a ter de comprar os
dias de vida que desejarem ter, tornando o tempo uma
valiosíssima moeda.
Will Salas vive um dia após o outro, ou seja, vive e
trabalha hoje para conseguir mais algumas horas de vida que duram
até o amanhã, momento em que terá que
arrumar mais meios para conseguir continuar vivo.
As metas do trabalho dele são altíssimas e
aumentam continuamente, de modo que ele e os demais trabalhadores
pobres não tenham condições de
continuarem ganhando dias de vida.
Como consequência, os trabalhadores morrem e dão
espaço para que os ricos continuem vivendo em meio ao luxo
totalmente desconhecido pela população da
periferia.
Num certo dia, ele ajuda um homem que tinha 100 anos a escapar de
algumas pessoas.
Nessa cena, o filme nos dá mostras de que viver eternamente
aqui neste mundo não são lá grandes
coisas.
Já cansado e angustiado de tanto viver, esse homem esgota
seus minutos, transferindo seus anos a Will, uma soma de um
século de vida para quem sempre viveu contando minutos de
sobrevivência.
Estaria tudo certo se Will, como morador da periferia, não
estivesse envolvido no frio esquema que previa dar eternidade a alguns
ricos em consequência da morte de muitos pobres.
Ao descobrir tudo isso, o jovem Will passa a ser perseguido pelos
guardiões do tempo, pessoas que tinham a missão
de manter o esquema em pleno funcionamento, não permitindo
que os pobres vivessem tanto quanto os ricos.
Com os anos de vidas que ganhou, Will consegue atravessar
“pedágios” que lhe custaram muitos anos
até chegar a um ambiente cheio de magnatas que viviam em
meio ao luxo e às riquezas.
Ao ser surpreendido pelos guardiões do tempo que o descobrem
ali naquele ambiente impróprio a qualquer morador de
periferia, o jovem rapaz sequestra Sylvia, personagem vivida por Amanda
Seyfried.
Diante dos duros contrastes entre a forma que ela e muitas outras
pessoas viviam, Sylvia une-se a Will em busca de desestruturar o
sistema e dar chances iguais de sobrevivência a todas as
pessoas.
Contando agora com a ajuda da bela moça, Will consegue
roubar de Philippe Weis (Vincent Kartheiser), pai da jovem, 1
milhão de anos para distribuir à
população da periferia.
Philippe diz a ele que tudo aquilo não iria dar certo, pois
muitos teriam que morrer para que outros vivessem, mas Will concluiu
que “ninguém teria direito à eternidade
se apenas uma pessoa tivesse que morrer para isso”.
“O Preço da Amanhã”
não esgota as possibilidades de abordagens
dentro de casa,
na escola ou simplesmente entre amigos num roda de conversa.
Não desperdice sua vida, não desperdice o seu
tempo, reflita, questione, inspire-se em “O Preço
do Amanhã”.
Ficha
Técnica
Lançamento
4 de novembro de 2011 (1h 49min)
Dirigido por
Andrew Niccol
Com
Amanda Seyfried, Justin Timberlake, Cillian Murphy mais
Gênero
Ficção científica, Suspense
Nacionalidade
EUA
Fonte
da Ficha Técnica:
Adoro Cinema.