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Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

Balzaquiana
Sensibilidade, Razão e Equilíbrio

“Uma mulher desfila colorindo os espaços por onde passa e seu perfume pode ser sentido em toda a parte. Seu olhar é um convite a uma experiência da qual jamais se poderá sobreviver sem sequelas, seu sorriso é a melhor paga que se pode oferecer a um coração que desavisadamente se descompassou.”

O que um leitor busca num livro? Ao ler a primeira linha dos primeiros momentos de uma trama, o que o faz continuar sua leitura até o esgotar das páginas de uma obra literária?

Bom, o livro “Balzaquiana”, lançado recentemente por Marcelo Guilherme Moreira, apresenta-nos algumas pistas de como a literatura, ainda hoje, envolve e encanta seus leitores que mergulham num universo repleto de emoções, expectativas e esperanças por um desfecho que possa ser capaz de supri-las de modo pleno, completo.

Como se estivesse sob o domínio da simples presença de uma pessoa que faz o coração pulsar mais rapidamente, o leitor segue sua leitura em busca de alguém que se perdeu de si mesma, Arieta, mulher, menina que protagoniza a obra.

Olhos atentos a cada detalhe revelam o fascínio que “Balzaquiana” causa em seus leitores, que se veem envolvidos num mundo que ainda está sendo descoberto, desbravado, mas que o reconhecem em meio a pessoas que buscam incessantemente encontrar prazeres e deleites nos “caminhos” que se propõem a percorrer.

São cenas que demostram a sensibilidade do autor ao manejar as palavras a ponto de levar às lágrimas qualquer que também ama ou já amou, qualquer que, em decorrência de seu alto zelo por alguém especial, não sabe mais o que fazer frente à invencibilidade da dor da distância.

A sinceridade e a leveza características de uma menina que corre com os pés descalços pelas ruas de uma cidadezinha de Minas Gerais são colocadas à prova diante de fatos que interrompem brutalmente a ingenuidade de uma criança, que, agora, se vê obrigada a encontrar meios eficazes para administrar “as dores do crescimento”.

“Balzaquiana” é um poço de mistérios que o leitor busca desvendar, pois, afinal, onde a menina e a mulher se desencontram em sua caminhada? O que aconteceu com aquele sorriso que tão facilmente era distribuído a qualquer pessoa? Por que nossa mente permite a visita de lembranças tão indesejadas que roubam a paz que tanto procuramos?

São perguntas que, talvez, a literatura nunca tivera a intenção de responder, mas que ainda hoje permeiam a nossa mente, o nosso coração, a nossa vida.

Notas sobre o Autor:

Marcelo Guilherme Moreira é mineiro da cidade de Botelhos, que atualmente mora em São José dos Campos, SP. Analista de Sistemas durante muito tempo, prestou consultoria a empresas como FGV, Telecom RJ, Philips do Brasil, Ministério da Educação e ONU. Atualmente, exerce a função de Diretor de Tecnologia da Informação no Grupo Vitae Futurekids. Músico autodidata, compôs sua primeira canção aos onze anos de idade em parceria com o pai, um hino gospel para ser cantado na igreja. Na adolescência, tornou-se letrista, compositor e participou de várias bandas de rock. Nos anos noventa, compôs várias canções que variavam entre a MPB e o rock. No ano dois mil, participou do Festival de Música Brasileira promovido pela Rede Globo de Televisão. Passou, então, a escrever contos. Em dois mil e sete, concluiu a coletânea de contos “Não acordem a cidade” e, no ano seguinte, concluiu seu primeiro romance “Na manhã silenciosa”.

O livro foi publicado pela Lp-Books: www.lp-books.com

Avaliação deste Artigo: 5 estrelas