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O jovem e a informação: uma interação sadia ou um processo cultural vazio?
Professor Maurício Apolinário

"Viver na ignorância do que aconteceu antes de nascermos é ficar para sempre na infância". (Cícero)

Hoje, a quantidade de informação que é passada para os jovens é intensa, e, ainda que se queira, é difícil assimilá-la em sua totalidade.

São informações através da televisão, do rádio, de uma infinidade de revistas, de jornais, de livros, de músicas, pela internet, nas escolas, além do bate-papo informal, comum entre eles.

Opções existem às mancheias. Contudo, falta a interação do jovem com essas informações. As que lhes interessam são, geralmente, superficiais, restritas e, muitas vezes, vazias. E esse é um fator interessante para discutirmos aqui.

No âmbito educacional, a necessidade de aquisição de informações é importantíssima, principalmente em se tratando do Ensino Médio, mais precisamente do 3.º ano.

Todos os alunos necessitam de um mínimo de bagagem ou conteúdo para redigir uma redação, por exemplo.

E isso só se consegue através da leitura de livros, jornais, revistas, através de programas informativos de televisão, ou mesmo navegando pela internet.

Sem esse armazenamento de informações, o aluno é quase que totalmente incapaz de redigir. Vai escrever o quê? A maioria, infelizmente, enche apenas papel.

Assunto sobre o tema proposto ou livre que seja, nada. E vale lembrar que, além do vestibular (esse mal necessário), sempre bastante concorrido, a redação também costuma entrar em concursos públicos.

No âmbito social, também faz-se importante um conhecimento que extrapole os limites individuais, que vá além dos interesses pessoais, que busque pensar no outro, nos seus interesses e no bem-estar da comunidade.

Uma informação sua pode ser útil a um colega, a uma amigo, a um vizinho, a um parente.

Nesse caso, saber o que aconteceu com o mocinho ou com a mocinha na novela não vai ajudar em nada quem necessite saber algo sobre ecologia ou sobre medicina preventiva.

Serve apenas para lazer. Estamos aqui falando de informações que tenham substância, que tenham utilidade.

No âmbito profissional, no qual o jovem vai passar todo o seu futuro, o acúmulo de informações torna-se imprescindível.

A pessoa, acima de tudo, deve ser criativa, versátil e ter um raciocínio rápido; deve saber pensar, analisar, encontrar soluções para problemas e ter idéias novas e interessantes.

Não só interessantes, mas econômicas e lucrativas. As empresas de hoje querem esse tipo de profissional. A exemplo disso, podemos citar uma camareira de hotel internacional, o que não está muito longe de nós.

Ela deve falar e entender pelo menos um idioma e ter curso superior. Aquele tipo de profissional do passado não encontra mais espaço no mercado de trabalho, porque é especialista em fazer apenas determinada coisa.

Há de se salientar, ainda, que o processo seletivo no campo profissional está cada vez maior.

Nosso objetivo maior nestas linhas é conscientizar nossos jovens de que saber ler e entender o que lê, estar sempre a par dos acontecimentos dos país e do mundo e das novidades em todas as áreas da ciência são de suma importância para suas vidas.

Nosso objetivo também é persuadi-los a desenvolver um pensamento crítico e analítico, e não viver aceitando tudo que lhes é empurrado garganta abaixo através de um processo cultural vazio que não leva a lugar algum.

Professor Maurício Apolinário é Educador, Escritor e Palestrante. Contatos: www.mauricioapolinario.com.br / http://profmauricioapolinario.blogspot.com / Twitter: @profmapolinario

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