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De Olho na História

 

Uma Viagem de Questionamentos!
Marcos Schneider

Recentemente, estive em viagem com a minha esposa no Município de Foz do Iguaçu com intuito de visitar a exuberância das Cataratas do Iguaçu e também, como bom brasileiro, fazer algumas compras no Paraguai e Argentina.

Ressaltando novamente as Cataratas do Iguaçu (sendo esta a minha quinta visita no Parque Nacional), tanto do lado brasileiro quanto do lado argentino, é fenomenal admirar a sua imponência e importância ao longo do seu percurso.

A visão da exuberância da natureza através do principal rio do Estado traz a cada um de nós pontos de reflexão do quanto somos dependentes e devemos ser racionais na utilização dos nossos recursos dispostos a cada dia para o nosso desenvolvimento.

Tirando um pouco dos magníficos questionamentos com relação às belezas das Cataratas do Iguaçu, a Usina de Itaipu etc., o ponto no qual achei muito interessante e tema de questionamento e reflexão foi conhecer, de forma prévia em alguns momentos, a “carência” em todos os sentidos Índios Guaranis.

No meu período escola, eu sempre aprendi que, antes da colonização europeia nos países latinos (portugueses e principalmente espanhóis nesta região), os Índios Guaranis no seu período de domínio territorial mantinham de forma admirável o seu potencial de desenvolvimento e sustentabilidade principalmente nos países do Paraguai, Argentina e Brasil, país nos quais se tinham as maiores concentrações de tribos.

Hoje, muito se lê e publica com relação aos valores culturais, sociais, alimentícios, folclore etc. dos vários povos indígenas que prosperavam de forma sustentável principalmente nos países que compõem o Mercosul, enaltecendo a sua importância e valores para a sociedade hoje antes da colonização dos europeus.

No Brasil, os direitos e deveres dos povos indígenas estão protegidos pela Constituição Federal de 1988. No Paraguai, é o Guarani a moeda oficial, homenageando esta etnia como sendo a base da construção social do país.

Na Argentina, ainda persiste grandes tribos Guaranis no seu potencial medíocre de desenvolvimento, mas, infelizmente independente da nacionalidade, os valores desta(s) etnia(s) esta(ão) simplesmente e até mesmo literalmente descrita(s) apenas no papel.

Desta viagem, com relação ao que presenciei dos índios Guaranis, reflito os seguintes questionamentos:

Qual o valor dado por nós como sociedade colonizada? Os valores dados pelos Governantes? Como manter ainda dentro do ambiente escolar os questionamentos da importância dos valores indígenas?

Como professor, aprendi muito a pensar com relação se sou ou não utópico em sala de aula com meus alunos, enaltecendo a importância dos primeiros grupos sociais do nosso país (os índios) e após, vivenciando na prática esta realidade percebo infelizmente que hoje não passam de simples problemas sociais independentes da sua nacionalidade.

Marcos Schneider é Geógrafo, especialista em Geoprocessamento e Geografia Ambiental e professor de Geografia da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná.

Avaliação deste Artigo: 5 estrelas