Países ricos e países pobres, qual a diferença?
Marcos Schneider
A diferença no processo de desenvolvimento entre
países ricos e pobres não é
simplesmente a idade do país como muitos pensam.
Vejamos por exemplo o caso de países como o Egito e a
Índia no qual são países
cronologicamente milenares e são considerados nos atuais
indicadores de crescimento, países pobres.
Na contramão desta realidade temos, por exemplo, a
Austrália e o Canadá que há
aproximadamente 150 anos quase não existiam e hoje,
são países com elevado grau desenvolvimento
(analisando os padrões mínimos de desenvolvimento
social).
A diferença também entre países ricos
e pobres não está diretamente relacionado apenas
aos recursos naturais disponíveis.
O Japão, por exemplo, é uma das principais
economias do Mundo e tem em seu território
inúmeros e constantes problemas
“naturais” de caracterização
geológica e geomorfológica.
No entanto, o país é uma imensa
fábrica flutuante, importando matérias-primas de
todo o mundo e exportando produtos manufaturados,
que resultado ao longo de sua história do grande
potencial e investimento social ofertado principalmente pela parceria
poder público e sociedade.
Mas afinal, qual é a diferença entre
Países Ricos e Países Pobres?
A diferença principal entre as nacionalidades ricas e pobres
é a atitude e valores do indivíduo moldada ao
longo dos anos, pela Educação e pela Cultura
adquirida perante o meio no qual ele pertence.
Este meio bem construído caracteriza os valores
básicos de uma nacionalidade organizada.
Na grande maioria dos países ricos e desenvolvidos, a sua
“nação” busca os seguintes
princípios de vida (pessoal e profissional) em prol do
desenvolvimento do coletivo:
A
Ética, como princípio básico: Este
é um dos principais valores de cunho pessoal que transcende
para a sociedade. Valores Éticos se conquista a cada
instante pelo aprendizado correto e na aplicabilidade do mesmo.
A
Educação e o refinamento do Conhecimento:
Valores básicos e fundamentais de cada indivíduo
no convívio social. A educação
não está diretamente relacionado a
“busca de conhecimento” mas sim, a valores dados e
adquiridos que começam na própria estrutura
familiar, no conhecimento técnico e profissional adquirido
resultando na organização harmoniosa da sociedade.
O
Respeito às Leis: Este
é um dos valores que infelizmente esta entrando em
extinção independente da sua nacionalidade. O
respeito e o conhecimento das Leis e da Ordem Nacional é um
dos principais valores que pauta um excelente convívio em
sociedade.
O
Respeito pelo Direito dos demais Cidadãos: Este
também é um princípio que
está entrando no esquecimento do coletivo e se tornando um
fator de banalização social. É
importante ressaltar que o direito e respeito ao próximo
está amparado na Constituição Federal
(no caso do Brasil).
A sociedade está inserida em um grande contexto em prol do
desenvolvimento e não na transferência de
problemas sejam eles de cunho social, econômico, ambiental,
etc., para o poder publico.
Criar esta “parceria” entre os principais
personagens do desenvolvimento de uma nação
é mais do que necessário para obtermos excelentes
resultados em todos os níveis.
Enquanto continuarmos como nação pensando e
atuando de forma “paternalista” com
relação ao poder público, nunca
chegaremos a ricos e continuaremos sempre sendo
“subdesenvolvidos”.
Marcos
Schneider é
Geógrafo, especialista em Geoprocessamento e Geografia
Ambiental e
professor de Geografia da Rede Pública Estadual de Ensino do
Paraná. Contato: mschneider@sanepar.com.br.